Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Advogado de família de holandês assassinado há 9 anos chega a São Luís para encontro com secretários



A família do holandês, Joel Bastiaens, de 24 anos, assassinado junto com a namorada maranhense, a corretora Sandra Dourado, em uma casa no Araçagy, em fevereiro de 2010, continua sua busca por explicações.

O caso foi denunciado até na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em novembro do ano passado.

O advogado da família, Carlos Nicodemos, chega em São Luís nesta sexta-feira (31), onde se reúne, às 16h, com representantes das secretarias de estado de Direitos Humanos e de Segurança Pública, em busca de explicações sobre a elucidação do crime.

“É um caso grave de violação de direitos humanos das vítimas, visto que a demora para a elucidação por parte das autoridades brasileiras é injustificável. Já são nove anos de um crime sem solução e os familiares das vítimas permanecem sem uma explicação”, afirma o advogado Carlos Nicodemos.

O duplo assassinato, ocorrido em fevereiro de 2010, em uma casa no Araçagy, com características típicas de crime de encomenda, já completa nove anos sem solução.

A investigação criminal foi iniciada em 2010, mas até a presente data não esclareceu o crime, os autores e os responsáveis permanecem impunes.

A falta de elucidação deste duplo homicídio, ocorrido em circunstâncias de crime de encomenda, é uma das centenas de denúncias de violação de direitos humanos que constam contra o Brasil na CIDH.

O assassinato

O holandês Joel Bastiaens e a namorada, Sandra Maria Dourado de Souza, foram vítimas de homicídio em circunstâncias típicas de crime de encomenda, sendo assassinados a tiros no dia 28 de fevereiro de 2010, na Rua 20, casa 13, Alto do Jaguarema, no bairro Aracagy, em São Luís.

Eles eram corretores e no dia do crime, foram à casa esperar por um cliente interessado em comprar o imóvel. A suspeita é que o casal teria sito atraído até o local. 

Na época, o inquérito foi aberto (Volume I, “Inquérito Policial n.018/2010) na 7ª Delegacia de Polícia para apuração dos fatos. Seis delegados estiveram à frente do inquérito, mas o caso nunca foi elucidado.

Em 2014, os pais do holandês Joel Bastiaens vieram ao Maranhão em busca de respostas das autoridades locais e cobraram a elucidação do crime. Ao longo desses anos, a família denunciou a falta de elucidação e a impunidade do crime em diversos veículos de comunicação no Brasil e no exterior.

Joel Bastiaens chegou ao Brasil em 2015 para um estágio como corretor. Ele e Sandra Dourado estiveram juntos por quatro anos e passaram a conviver maritalmente seis meses antes do assassinato.

Nos autos do inquérito policial, que o ex-marido tinha “segurança pessoal, formada por pessoas armadas, inclusive, policiais militares (...) e que possui uma arma de fogo.

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