"Ele
pode estar destruindo provas", diz Alberto Almeida, diante da divulgação
de novas conversas comprometedoras.
do Brasil
de Fato
A divulgação de
novas conversas envolvendo a Lava Jato, feita pelo site The Intercept Brasil na
noite de sexta-feira (14), ampliou as reações indignadas ao conluio entre
Sérgio Moro e procuradores Ministério Público Federal (MPF) para condenar sem
provas o ex-presidente Lula.
Nos diálogos
que agora vieram à tona, os procuradores, liderados por Deltan Dallagnol,
aparecem combinando com Moro o conteúdo de uma nota que soltariam à imprensa
com críticas à defesa do ex-presidente após um depoimento de Lula. Na troca de
mensagens, Moro classifica a atuação da defesa como “showzinho”.
Após a
divulgação, o cientista político Alberto Carlos de Almeida, autor do livro “A
cabeça do brasileiro”, escreveu no Twitter que o caso mostra “violação
gravíssima” do direito de defesa e chama Moro de “juiz mancomunado” com a
acusação.
Para Almeida, o
conjunto dos diálogos já divulgados traz elementos suficientes para a prisão
preventiva de moro. “Neste momento, ele pode estar destruindo as provas”,
argumento o cientista político.
O também
cientista Miguel Nicolelis, do campo da Neurociência, afirmou na mesma rede que
“o ConjeGate fica mais tenebroso a cada hora”.
Em tom de
deboche, Nicolelis afirma que “o Conje era o diretor de marketing da Lava Jato,
sugerindo o timing de notas à imprensa para o comando do MP”.
No campo
político, a deputada Érika Kokay (PT-DF) chamou as conversas de “ilegais,
indecentes e indecorosas”.
Outra deputada,
Jandira Feghalli (PcdoB-RJ), diz que as conversas deixam “escancarado” o
“conluio midiático-jurídico”, além de comprovarem que Moro era o “comandante”
da Lava Jato.
Chico Alencar,
ex-deputado do Psol, afirma que as revelações colocam “em suspeição todo o
trabalho feito pela Lava Jato até aqui”.
O assunto
também foi abordado pelo jornalista Kennedy Alencar. No Twitter, ele
classificou o caso como um “mais novo reforço ao argumento de parcialidade do
ex-juiz em relação ao petista”.
Já Carlos
Andreazza, editor-executivo do Grupo Editorial Record e comentarista da rádio
Jovem Pan, foi mais contundente. “A nova pílula reativa liberada pelo Intercept
traz o conteúdo mais grave contra Sérgio Moro até aqui; porque pela primeira
vez se capta um viés claro do juiz contra uma parte específica do processo, no
caso o réu Lula e o “showzinho” de sua defesa”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário