Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Pastores da Universal suspeitos de abusar e queimar menino vivo vão a júri popular

Lucas tinha 14 anos quando foi abusado sexualmente e queimado ainda vivo
A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) vão a júri suspeitos de cometer o assassinato do adolescente Lucas Terra, 14 anos, ocorrido em 2001. Agora, todos os recursos do processo foram esgotados. As informações foram divulgadas pela TV Bahia.

Em novembro do ano passado, o ministro do STF, Ricardo Lewandowsky, havia anulado o processo contra os pastores por falta de provas. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão de Lewandowsky e por quatro votos a um a 2ª turma do STF decidiu que os pastores vão a júri.

Votaram a favor do recurso do MPF os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Carmen Lúcia e Celso de Mello. Ricardo Lewandowsky foi o único voto divergente. Em entrevista à TV Bahia, o promotor Davi Gallo informou que agora a decisão do STF vem para o 2º juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

“O entendimento do Ministério Público prevaleceu em todos os juízos. Depende só da juíza Andrea Sarmento marcar o júri. Vou entrar em contato com ela amanhã”, informou Davi Gallo. A decisão do STF deve ser publicada nesta quarta-feira (18). Os pastores da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda Macedo de Souza permanecem atuando em cargos religiosos na Bahia.

O pai de Lucas, Carlos Terra, morreu em fevereiro deste ano. Ele sofria de cirrose hepática e, segundo a esposa, Marion Terra, o quadro do marido se agravou no final do ano passado, após saber da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, de anular a sentença do TJ-BA que indicava o envolvimento dos pastores no crime.

Um comentário:

  1. Que vergonha 20 anos para prender os assasinos de criança .
    Nossa leis e fora do mundo..

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