O sargento da Polícia Militar Reginaldo
Nascimento Serra foi condenado a 18 anos de prisão, na terça-feira (24), em
julgamento ocorrido no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. Ele era
acusado pelo assassinato do comerciante Edison Rodrigues Semeão Filho, de 53
anos, ocorrido na tarde do dia 7 de março de 2016, na feira do bairro do João
Paulo. Além de ser condenado, o policial militar também perdeu sua função
pública.
Conforme as investigações da Polícia
Civil, no dia do crime o militar, que na época era cabo, estava de folga e
teria atirado no comerciante sem que tivesse havido qualquer discussão entre
eles. Porém, a real motivação da execução não foi detalhada no inquérito
policial.
Na época do crime, o sargento Reginaldo
chegou a confessar o crime, mas alegou ter sido em legítima defesa. Tese que
foi rebatida pelo Ministério Público, levando em conta algumas circunstâncias
ocorridas na cena do homicídio, a exemplo do total de tiros efetuados contra a
vítima, 11, sendo que alguns foram feitos com Edison Rodrigues já caído ao
chão.
Logo após o fim do julgamento, o sargento
Reginaldo, que era lotado no 8º Batalhão da Polícia Militar (8° BPM), foi
conduzido para o presídio do Comando Geral da PM, no Calhau. A defesa dele,
feita por um defensor público, deve recorrer do resultado do júri.
Entenda o Caso
Na tarde do dia 7 de março de 2016, por
volta das 16h, foi registrado um homicídio na área da feira do João Paulo,
dentro de um bar, localizado na Rua Tabajara. À época, a polícia informou que
Edison Rodrigues Semeão Filho, de 53 anos, ingeria bebida alcoólica no local,
quando um policial militar se aproximou e atirou nele. Edison Filho trabalhou
durante cerca de 20 anos como revisor do jornal O Imparcial.
O soldado Anchieta, lotado no 9º Batalhão
de Polícia Militar (BPM), contou que “Seu Edison”, como era conhecida a vítima,
tinha acabado de chegar ao bar, no momento em que foi surpreendido pelo
suspeito, que ainda teria travado uma luta corporal com outro frequentador do
estabelecimento, que tentou evitar que ele continuasse atirando. Os peritos do
Instituto de Criminalística (Icrim) recolheram no chão da calçada do comércio
algumas cápsulas, que seriam de uma pistola ponto 40.
A vítima morava na Rua Dr. Carlos
Macieira, Quadra 25, no Bairro do Coroado, que fica perto de lá. “Seu Edison”, embora
tenha trabalhado como revisor jornalístico por cerca de duas décadas (como
descrito pela família), na época do crime, era dono de pontos alugados na
referida feira e, também, de conjuntos de quitinetes localizados no Coroado.
Com informações de Wellington Rabelo/JP
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