quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Preso no caso Marielle, lutador postou fotos ao lado de Bolsonaro

Inquérito policial não cita ligação entre o acusado e Bolsonaro
 Preso na manhã desta quinta-feira, acusado de ter jogado no mar armas que teriam sido usadas no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o professor de artes marciais Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca, gostava de postar fotos ao lado de políticos em redes sociais. Em duas delas, ele aparece ao lado do hoje presidente Jair Bolsonaro.

VEJA teve acesso a essas fotos no fim de julho. Na época, a reportagem chegou a questionar Djaca e seu advogado, Flávio Beiolchini, sobre as condições em que as imagens foram feitas. Eles prefeririam não se manifestar. Como as investigações envolvendo o professor de artes marciais ainda estavam em curso, optou-se por não publicar as imagens.

Nesta quinta 3, a reportagem tentou, e não conseguiu, ouvir o advogado. A apuração indica que o inquérito da Delegacia de Homicídios não cita uma eventual ligação entre Djaca e Bolsonaro.

Em uma das fotos, o lutador e o político fazem o sinal de positivo. Num outro corte da imagem aparece uma data – 28 de outubro de 2018, dia do segundo turno da eleição presidencial. Não existe uma indicação de que a foto tenha sido feita naquele dia. Ela pode ter sido postada apenas para comemorar a vitória de Bolsonaro.

Também sob a imagem aparece uma curtida feita por Marcio Mantovano, também preso na operação de hoje. Na outra foto, feita em 2017 durante um torneio de luta, Djaca e Bolsonaro estão – de acordo com a legenda – ao lado de um veterinário que é amigo do lutador.

Djaca também publicara fotos ao lado do vereador Marcello Siciliano, que também já foi investigado no caso Marielle. O lutador comentou, na imagem, que o parlamentar era o melhor vereador que já apoiara. Em outra foto, feita na Câmara Municipal do Rio, Djaca está entre algumas pessoas, entre elas, o vereador Carlos Bolsonaro.

O professor de artes marciais vive e dá aulas na região de Rio das Pedras e Muzema, zona oeste do Rio, onde ficam favelas dominadas por milicianos. Em suas redes sociais ele já postou panfletos que fazem propaganda de um serviço de transporte de passageiros apelidado de “Uber da milícia”.

Em março, viralizou nas redes uma foto de Bolsonaro com Élcio Vieira de Queiroz, suspeito de ter participado do assassinato de Marielle. O registro havia sido feito em 2011. “Eu tenho fotos com milhares de policiais, do Brasil todo”, disse o presidente a jornalistas.

Com informações de Veja

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