Inquérito policial não
cita ligação entre o acusado e Bolsonaro
VEJA teve acesso a essas fotos no fim de
julho. Na época, a reportagem chegou a questionar Djaca e seu advogado, Flávio
Beiolchini, sobre as condições em que as imagens foram feitas. Eles prefeririam
não se manifestar. Como as investigações envolvendo o professor de artes
marciais ainda estavam em curso, optou-se por não publicar as imagens.
Nesta quinta 3, a reportagem tentou, e não
conseguiu, ouvir o advogado. A apuração indica que o inquérito da Delegacia de
Homicídios não cita uma eventual ligação entre Djaca e Bolsonaro.
Em uma das fotos, o lutador e o político
fazem o sinal de positivo. Num outro corte da imagem aparece uma data – 28 de
outubro de 2018, dia do segundo turno da eleição presidencial. Não existe uma
indicação de que a foto tenha sido feita naquele dia. Ela pode ter sido postada
apenas para comemorar a vitória de Bolsonaro.
Também sob a imagem aparece uma curtida
feita por Marcio Mantovano, também preso na operação de hoje. Na outra foto,
feita em 2017 durante um torneio de luta, Djaca e Bolsonaro estão – de acordo
com a legenda – ao lado de um veterinário que é amigo do lutador.
Djaca também publicara fotos ao lado do
vereador Marcello Siciliano, que também já foi investigado no caso Marielle. O
lutador comentou, na imagem, que o parlamentar era o melhor vereador que já
apoiara. Em outra foto, feita na Câmara Municipal do Rio, Djaca está entre
algumas pessoas, entre elas, o vereador Carlos Bolsonaro.
O professor de artes marciais vive e dá
aulas na região de Rio das Pedras e Muzema, zona oeste do Rio, onde ficam
favelas dominadas por milicianos. Em suas redes sociais ele já postou panfletos
que fazem propaganda de um serviço de transporte de passageiros apelidado de
“Uber da milícia”.
Em março, viralizou nas redes uma foto de
Bolsonaro com Élcio Vieira de Queiroz, suspeito de ter participado do
assassinato de Marielle. O registro havia sido feito em 2011. “Eu tenho fotos
com milhares de policiais, do Brasil todo”, disse o presidente a jornalistas.
Com informações de Veja
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