Por
Francisca Pereira da Rocha Seixas
Secretária
de Assuntos Educacionais e Culturais da APEOESP e secretária de Saúde da CNTE
Muita celeuma na internet e
desinformação na mídia tradicional sobre a adequação das alíquotas de
contribuição ao Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria do Maranhão. Tudo
porque a Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema) aprovou na
quarta-feira (20) o Projeto de Lei Complementar 014/2019, de autoria do
Executivo.
Com muita pressa, pessoas menos avisadas
e sem informação suficiente, saíram a campo detratando o governador Flávio Dino
(PCdoB) e o projeto enviado à Alema criou alíquotas progressivas de descontos,
ou seja, quem ganha menos paga menos, quem ganha mais paga mais.
Veja abaixo como ficaram as alíquotas
com a nova lei:
Até um salário-mínimo – 7,5%
Acima de um salário-mínimo a R$ 2 mil –
9%
De R$ 2 mil a R$ 3 mil – 12%
De R$ 3 mil a R$ 5.839,45 – 14%
Acima de R$ 5.839,45 até R$ 10 mil 0 14,5%
De R$ 10 mil a R$ 20 mil – 16,5%
De R$ 20 mil a R$ 39 mil – 19%
Acima de 39 mil – 22%
O que de fato aconteceu foi uma
adequação à Emenda Constitucional 103/2019, promulgada pelo Congresso Nacional,
na terça-feira (12). E uma adequação no sentido de fazer uma tributação mais
justa, Inclusive o projeto de Dino instituiu o
Comitê de Adequação do Regime Próprio de Previdência Social, ou seja, a
reforma da previdência do Maranhão terá uma comissão para encaminhar as
audiências públicas e todos os debates pertinentes ao tema.
“É importante deixar claro para a
sociedade que nós não apreciamos a Reforma da Previdência do Estado. Para
debater a reforma com a sociedade, sobretudo com os servidores, foi aprovado
também, nesta Casa, a criação do comitê para apreciação da nossa reforma, O
comitê será composto por representantes dos Poderes e órgãos autônomos, além de
representantes dos servidores públicos. Com isso, nós teremos dois anos para
apreciar, com o devido cuidado, ouvindo a todos os interessados, sobretudo os
servidores públicos, sobre esse tema que impacta as vidas de todos nós”,
esclarece o deputado Othelino Neto (PCdoB), presidente da Alema.
Julguei necessário esclarecer esses
fatos para a sociedade saber que o projeto aprovado no Maranhão é uma adequação
à lei federal aprovada recentemente com a novidade da alíquota progressiva.
Esclarecendo também que a reforma da previdência do Maranhão será amplamente
debatida com todos os setores sociais. Não tem anda a ver, portanto, com a
proposta de reforma da previdência estadual do governador de São Paulo, João
Doai (PSDB). Doria confisca 3% do nosso salário - que já é muito baixo -,
aumentando a alíquota de 11% para 14% de todo o funcionalismo, independente de
o salário ser de um ou dois mínimos ou 50, 60 mínimos, jogando o ônus sobre as
servidoras e ser4vidores paulistas.
Qualquer coisa que seja dita fora desses
parâmetros é falta de conhecimento ou má-fé. Tudo no governo do Maranhão é
feito às claras, com ampla participação da sociedade, sempre buscando o melhor
para a classe trabalhadora e para o povo maranhense.
Difamar o governador, Flávio Dino neste
momento só interessa aos setores mais arcaicos e retrógrados da direita
brasileira.
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