terça-feira, 5 de novembro de 2019

Motorista que atropelou e matou vigilante na Cidade Operária se apresenta, escapa de flagrante e é liberado; polícia vai pedir prisão preventiva


O motorista que atropelou e matou o vigilante Ricardo Bruno Costa Pereira, de 25 anos, na noite do último sábado (02), na Avenida Principal da Cidade Operária, apresentou-se na DECOP, na segunda-feira (04), acompanhado por um advogado. 

O assassino foi ouvido e liberado em seguida porque não havia mandado de prisão contra ele. O delegado não revelou a identidade do motorista, que já responderia por outros crimes.

Como o assassino estava sem documentação, segundo informações passadas ao blog, ele ficou de retornar à delegacia nesta quarta-feira (06), onde será novamente interrogado.

“Nós soubemos que ele se apresentou porque fomos à delegacia buscar informações sobre o trabalho de investigação. O delegado disse que ele foi liberado porque não tinha mandado de prisão, que ainda será pedido à Justiça. Na delegacia, ele teria dito que estava com um amigo e uma amiga e que não teve a intenção de matar. Teria sido apenas um atropelamento porque o Ricardo teria ficado na frente do carro. Não acreditamos nisso, pois testemunhas afirmam que houve a intenção de matar. Além disso, ele já responde por outros crimes”, disse um amigo do vigilante assassinado, em contato com o blog.

Familiares e amigos do vigilante Ricardo Pereira estiveram reunidos com o secretário da Segurança, Jefferson Portela, na manhã desta terça-feira (05) para pedir empenho na investigação desse crime bárbaro. Portela teria pedido para eles aguardarem a conclusão do trabalho de investigação, e que não divulgassem detalhes do que foi tratado porque poderia atrapalhar o trabalho da polícia.
Segundo informações obtidas pelo blog, a família teve acesso a imagens de câmeras de monitoramento de lojas localizadas na Avenida Principal da Cidade Operária que comprovariam que o motorista teve a intenção de matar o motociclista.  

“Pode ter havido uma discussão no trânsito ou mesmo uma tentativa de assalto, seguida de perseguição. O Ricardo se desequilibrou, caiu e foi morto propositalmente. Testemunhas, no local, disseram que o carro passou sobre o corpo por duas vezes. Na segunda, em uma marcha à ré, o para-choque com a placa caíram no local. Na fuga, o motorista de uma caminhonete tentou seguir o assassino, mas outras pessoas apontaram armas e ameaçam atirar”, disse um amigo do vigilante.  

O vigilante Ricardo Bruno havia acabado de ser pai. A filha recém-nascida ainda não completou dois meses de vida. “Ele interrompeu a vida de um pai de família que estava no momento mais feliz da vida dele por ser pai e ter conquistado a tão sonhada moto”, disse uma amiga ao blog.

O blog tentou obter as imagens que mostram o momento em que o vigilante Ricardo Pereira foi atropelado e morto, mas familiares e amigos vão seguir as orientações do secretário Jefferson Portela, esperando que todos os envolvidos nesse crime sejam presos e que a própria polícia divulgue o resultado das investigações à imprensa.

O atropelamento e morte do vigilante

O vigilante Ricardo Bruno Costa Pereira, de 25 anos, foi atropelado e morto na Avenida Principal do bairro Cidade Operária, em São Luís, na noite de sábado (02), por volta das 21h.  Ele pilotava uma moto Honda CB250 Twister, de cor branca e placa PTN-1467.

O motorista atropelador, cujo nome ainda não foi revelado pela polícia, dirigia o veículo GM Astra Sedan, de cor prata e placa DFN-3825, que estaria em nome de uma mulher, que seria sua mãe. Ele reside na Rua 38, no Jardim São Cristóvão 2. 

Logo após o acidente, policiais militares foram à residência do motorista, mas, segundo informações de vizinhos, ele já havia saído com a mulher e o filho.

A localização somente foi possível porque o para-choque e a placa caíram no local do atropelamento.

A reportagem do Blog acompanhou o velório do vigilante Ricardo Bruno, na manhã de domingo (03).

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