quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Líder de quadrilha que roubou R$ 100 milhões do BB em Bacabal morre em confronto com a polícia no MS


O homem que liderou o roubo de R$ 100 milhões da Central de Abastecimento do Banco do Brasil, em Bacabal, a 240 quilômetros de São Luís, na madrugada dia 25 de novembro de 2018, morreu em confronto com a polícia do Mato Grosso do Sul

José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, e outros quatro criminosos foram mortos, na manhã desta quarta-feira (4) em uma fazenda, na fronteira com o Paraguai. 

Zé de Lessa era o criminoso mais procurado da Bahia. Fundador da quadrilha Bonde do Maluco, Lumes é apontado como o chefe do ataque ao carro-forte da empresa de transportes de valores Brink’s, na segunda-feira (2), no MS. 

Um força-policial foi montada para caçar os suspeitos, que foram localizados na noite de ontem em uma fazenda da área rural entre as cidades de Aral Moreira e Coronel Sapucaia. Na manhã desta quarta-feira (4), com uma ordem judicial nas mãos, as equipes entraram na propriedade e foram recebidos a tiros pelos bandidos.


Quatro deles morreram no confronto, entre eles Zé de Lessa. Um quinto envolvido conseguiu fugir, mas acabou localizado nesta tarde em meio a mata da região. Mais uma vez, houve troca de tiros e o assaltante acabou ferido. Chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Com o suspeito foram encontrados fuzis e uma metralhadora .50, que tem capacidade de perfurar carros-fortes e até aeronaves. Também foram apreendidas em meio a mata duas escopetas, uma pistola e várias munições, que estavam junto com coletes a prova de balas usados pelos bandidos no assalto ao carro-forte.


José Francisco Lumes estava foragido desde 2014 quando foi solto pela Justiça, mas continuava comandando os assaltos à distância. Informações da polícia baiana revelavam que ele estava escondido no Paraguai. Dezenas de assaltos, principalmente a agências bancárias, são atribuídas à quadrilha comandada pelo criminoso.

No assalto ao banco em Bacabal, o irmão de Zé de Lessa, Edielson Francisco Lumes, e outros dois integrantes da quadrilha, foram mortos em confronto com a polícia. Segundo a polícia, Edielson tinha a função de subchefe e repassava as ordens de Zé de Lessa à quadrilha, formada por pelo menos 80 bandidos.

Procurado pela Polícia Federal, Zé de Lessa era fundador do BDM (Bonde do Maluco), uma das facções com maior atuação na Bahia e outros estados do Nordeste. No Maranhão, onde a quadrilha cometeu o assalto milionário, a atuação da quadrilha é conhecida como Novo Cangaço.

Zé de Lessa ameaçava matar policiais que combateram quadrilha em Bacabal; um dos mortos era irmão do criminoso

Segundo informações divulgadas há poucos dias, pelo menos seis policiais militares do Maranhão estariam em uma lista para serem mortos pelos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que é apontada como a maior facção  criminosa em atuação no Brasil e outros países.  A informação consta em uma  relatório do Serviço de Inteligência da polícia. 

O motivo seria a atuação desses policiais em Novembro do ano passado quando mataram a tiros alguns dos integrantes de uma quadrilha que atacou o Centro de Distribuição do Banco do Brasil na cidade de Bacabal,  (MA). Naquela oportunidade um grupo armado sitiou a cidade e praticou um dos maiores assaltos já registrados no Estado.

No confronto com a polícia um dos bandidos morto foi Edielson Francisco Lumes, conhecido como "Titi". Ele era irmão do chefe do bando José Francisco Lumes, conhecido como "Zé de Lessa" um assaltante considerado perigoso e procurado pelas polícias de vários Estados do Brasil.  Ele seria a principal liderança do núcleo do PCC no Estado da Bahia, onde eles são conhecidos como o "Bonde do Maluco".

"Zé de Lessa"  prometeu vingar a morte do irmão e para isso teve o aval das principais lideranças do PCC que também  ficou responsável por ceder a estrutura para que ele possa por o seu plano em prática.  No mês  passado "Zé de Lessa" esteve na cidade de Imperatriz(MA), onde fez contatos com alguns criminosos montando estratégia para cometer os crimes.

Ele é foragido do Sistema Prisional da  Bahia, onde cumpria pena por prática de crime de roubo. Dentre os policiais marcados para morrer teria um major e outros com patente inferior.

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