O homem identificado como Raphael
Kennerson de Oliveira Silva, de 33 anos, foi preso, na tarde desta
segunda-feira (02), por policiais do Departamento de Combate a Crimes
Tecnológicos da Superintendência Estadual de Investigação Criminais (Seic), em
cumprimento a mandado de prisão expedido pela juíza Janaina Araujo de Carvalho, da Central de
Inquéritos de São Luís.
Raphael Silva é acusado de participar de
uma quadrilha de estelionatários que estavam aplicando golpes em nome de uma
Universidade particular.
A polícia não informou o nome dessa Universidade, mas, segundo algumas vítimas, trata-se do CEUMA.
Os golpistas se passavam por responsáveis pelo setor financeiro da instituição de ensino, oferecendo descontos nas mensalidades dos alunos, que depositavam e transferiam valores para contas de integrantes da quadrilha.
A polícia não informou o nome dessa Universidade, mas, segundo algumas vítimas, trata-se do CEUMA.
Os golpistas se passavam por responsáveis pelo setor financeiro da instituição de ensino, oferecendo descontos nas mensalidades dos alunos, que depositavam e transferiam valores para contas de integrantes da quadrilha.
Os golpistas chegaram a criar um perfil
no Instagram para oferecer serviços de descontos e abonação de mensalidades.
Eles criaram, ainda, um site falso como se fosse de fato da Universidade.
As investigações contra essa quadrilha
continuam a fim de identificar e localizar os demais comparsas de Raphael Silva.
Pelas informações, Raphael Silva é
natural de Vitória do Mearim e irmão da atual secretária de saúde do município,
Emanuella Linkia, e filho do ex-vereador Zé Domingos.
Após os procedimentos de praxe, ele foi
encaminhado ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde ficará à disposição da
Justiça.
Condenado
por atear fogo na própria casa após desentendimento com a companheira
Raphael Silva foi preso em março de 2013
após atear fogo na própria residência em que ele vivia com a companheira e um
filho de apenas 4 meses. Por esse crime, ele foi condenado, no dia 21 de agosto
deste ano, a 6 anos, três meses e 30 dias de reclusão, mas com direito a apelar
em liberdade.
Sobre esse crime, uma testemunha relatou
à polícia que estava passando pelo imóvel quando avistou a vítima no carro da
família com o filho do casal de apenas quatro meses de vida no colo, tendo esta
lhe pedido ajuda informando que o acusado estava fora de si. O homem disse que
passava em frente a casa e avistou Raphael com um pano já em chamas falando que
incendiaria o imóvel.
“Diante das negativas do réu em parar o
intento criminoso, o depoente saiu para chamar o irmão da vítima, contudo, ao
retornarem, o acusado já havia ateado fogo no quarto, destruindo a cama,
guarda-roupas e aparelho de ar condicionado. A vítima Amanda Mesquita de Brito ratificou
a versão apresentada pela testemunha Adailton, acrescentando, ademais, que
convive maritalmente com o mesmo há dois anos e que no dia dos fatos havia
discutido com o acusado em razão deste ter chegado tarde em casa. Por fim, firma
que apesar da conduta incendiária, o réu não empregou violência contra si ou
contra a testemunha. O réu asseverou que havia brigado com a vítima Amanda por
ter chegado tarde em casa, tendo ficado transtornado ao ponto de não se lembrar
do ato criminoso que lhe imputado, bem como que apenas recorda de ter acordado
na delegacia de polícia. Afirma, por fim, que havia ingerido bebida alcoólica e
consumido crack no dia anterior”, destaca um trecho da sentença.
Mesmo
preso, Raphael tinha empresa contratada pela Prefeitura de Vitória do Mearim
Em 2015, a prefeita Dóris de Fátima
Ribeiro Pearce (PV), de Vitória do Mearim, de Raphael Kennerson, que estava preso na
Penitenciária Agrícola de Pedrinhas, em São Luís.
A empresa é a K R Construções Elétricas
Ltda, com sede no povoado Acoque, em Vitória do Mearim. À época, o valor do
contrato não foi divulgado no Extrato do Diário Oficial.
Pelas informações, para contratar a
empreiteira para realizar serviços de infraestrutura urbana no município
vitoriense, a prefeita Dóris teria ignorado o cadastro de idoneidade, espécie
de banco com informações que tem como objetivo consolidar a relação das
empresas e pessoas físicas que sofreram sanções das quais decorra como efeito
restrição ao direito de participar em licitações ou de celebrar contratos com a
Administração Pública.
Foi por causa da decisão da prefeita
Dóris que, mesmo atrás das grades, Raphael Kennerson, conseguiu manter a
empresa com contratos em Vitoria do Mearim e em vários outros municípios. O
processo em que o ‘empresário-presidiário’ estaria envolvido trata sobre ação
criminal que tramita na justiça desde 2007, conforme documentos em anexo.
A principal atividade econômica da
empresa K R Construções são obras de instalação e manutenção elétrica. Entre
trabalhos secundários, a construtora também realiza serviços de construção de
edifícios, realiza coleta de resíduos não perigosos, dentre outras atividades.
O contrato entre a prefeitura de Vitória do Mearim e a K R Construções foi
assinado no dia 25 de fevereiro de 2013 pelo presidente da CPL, Luiz Carlos
Pereira Figueiredo e o próprio Raphael Kennerson. O ato só foi publicado quatro
meses depois no Diário Oficial do Estado.
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