Nesta segunda-feira (30), em entrevista coletiva para apresentar novas
medidas e os números do novo coronavírus no Maranhão, o governador Flávio Dino
(PCdoB) garantiu que manterá as medidas de restrição de circulação para evitar
a proliferação da Covid-19 no estado.
A decisão de defender o distanciamento social no Maranhão contraria falas
do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que pensa em editar decreto para
“liberar toda e qualquer profissão a trabalhar” e a adoção do contestado
“isolamento vertical” – que isolaria apenas idosos e pessoas com comorbidades (ocorrências de duas ou
mais doenças relacionadas no mesmo paciente e ao mesmo tempo).
Flávio Dino classificou como “falacioso” e “até criminoso” a defesa pelo
isolamento vertical.
Dino admite a possibilidade de rever mudanças pontuais em relação à
abertura do comércio na próxima semana, desde que haja aval científico e
estabilidade na curva de disseminação do vírus.
Mas o governador garante: não vai haver “liberou geral” no Maranhão,
independente de pressões políticas.
“Não haverá ‘liberou geral’ no Maranhão. Seria colocar em perigo a saúde
do povo do Maranhão. E eu não farei isto, qualquer que seja o desejo do
presidente da República ou de quem quer que seja. Em primeiro lugar eu tenho
compromisso com a população”, reforçou.
Abaixo da média
nacional
Com 23 casos confirmados e apenas um óbito em razão da Covid-19, o
Maranhão até agora tem números da doença abaixo da média nacional.
Sem as medidas preventivas, a projeção do próprio governo é que o estado
contabilizasse 58 casos da doença (o que corresponde a cerca de 580 infectados,
já que cada indivíduo afetado pelo vírus tem capacidade de transmiti-lo para
outras 10 pessoas).
.@FlavioDino: “Não haverá ‘liberou geral’ no Maranhão. Seria colocar em perigo a saúde do povo do Maranhão. E eu não farei isto, qualquer que seja o desejo do presidente da República ou de quem quer que seja. Em primeiro lugar eu tenho compromisso com a população”. pic.twitter.com/qf0KAec9Xr— Rodrigo Lago (@RodLago) March 30, 2020
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