Rádio Voz do Maranhão

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Flávio Dino anuncia novos leitos para atendimento a pacientes com a Covid-19

Aumento no número de leitos ampliará a capacidade de atendimento da rede estadual de saúde diante da crescente demanda
O Governo do Estado disponibilizará ainda esta semana novos leitos de UTI para atendimento a pacientes com a Covid-19. O anúncio foi feito pelo governador Flávio Dino em coletiva realizada nesta segunda-feira (27) e faz parte do conjunto de novas medidas para o combate ao novo coronavírus no Maranhão. O aumento no número de leitos vai ampliar a capacidade de atendimento da rede estadual de saúde diante da crescente demanda por conta do novo coronavírus.

“É importante dizer que a nossa luta com as medidas preventivas de distanciamento, isolamento e agora o uso de máscaras é garantir que haja dispersão no tempo para crescimento de casos. Por isso, nós precisamos fazer com que o vírus se expanda em uma velocidade mais lenta para que possamos garantir o aumento de leitos o máximo quanto possível, e assim darmos conta desta super demanda. Esse esforço é constante tanto na capital como em outras regiões do estado”, afirmou o governador Flávio Dino.


No início do mês de março, quando eram registrados os primeiros casos de coronavírus no Brasil, o Maranhão dispunha de 132 leitos de UTI e 120 de enfermaria. Atualmente, são 628 leitos dedicados unicamente a pacientes com Covid-19, destes, 193 são de UTI, e 435 de enfermaria. Como mais de 90% dos casos confirmados se encontram concentrados na Ilha de São Luís, a região também detém a maior parte dos leitos, com 112 de UTI e 267 clínicos.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, a concentração no número de casos positivos na região metropolitana demanda mais leitos para a capital. “Inicialmente serão mais 40 leitos de UTI, 20 no Hospital Real e mais 20 no Hospital Universitário (HUUFMA), além dos a serem adquiridos no Hospital Português. Também estamos criando mais 130 leitos clínicos, mais um andar no Hospital do Servidor com 50 leitos, bem como os hospitais de campanha em Açailândia e São Luís, medidas estas que irão reforçar o combate ao vírus”, disse.

Até a noite deste domingo, a região metropolitana estava com 106 leitos de UTI ocupados, o que corresponde a 95% da ocupação, e 93 leitos de enfermagem, 65% de ocupação. Nas demais regiões do estado, onde estão situados os Hospitais Macrorregionais, a ocupação é de 12%, onde dos 81 leitos de UTI distribuídos, 10 seguem sendo utilizados. Quanto aos leitos de enfermagem, dos 168, estão em uso somente 11.

Estrutura em andamento

Há, ainda, obras de construção do anexo com 50 leitos no Hospital Nina Rodrigues, além dos entregues nesta segunda-feira com o anexo da UPA do Itaqui-Bacanga. No interior do estado, o Hospital Macrorregional Dra. Ruth Noleto, em Imperatriz, irá receber mais equipamentos e 12 novos leitos de UTI e 26 leitos clínicos. Em Açailândia, já está sendo montado um hospital de campanha com capacidade para 60 leitos. 

Na cidade de Lago da Pedra, a SES segue concluindo as obras na unidade de saúde, que tem capacidade para 50 leitos. Em Santa Luzia do Paruá, a rede estadual de saúde, em parceria com a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra) entregará o Hospital Regional Francisca Melo com mais de 70 leitos. Também estão em andamento as obras no Hospital Carlos Macieira, em Colinas.

Lockdown

Ainda durante pronunciamento realizado na manhã desta segunda-feira, o governador Flávio Dino reiterou a necessidade da cooperação da população para impedir a proliferação do coronavírus, e consequentemente o número de infectados pela doença. Se não ocorrer uma redução dos casos pode haver uma possível insuficiência na oferta de leitos de UTI e de enfermagem na capital.

“Se continuarmos com essa tendência de crescimento e, mesmo com todos os esforços que o governo vem fazendo, se observamos que os casos continuam crescendo podemos decretar o bloqueio total, caso os leitos disponíveis não sejam suficientes. A adoção de medidas ainda mais restritivas é uma possibilidade, portanto as pessoas precisam respeitar o isolamento social para reduzirmos a demanda pelos serviços de saúde”, disse o governador.

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