Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Flávio Dino manda recado para Bolsonaro: “não tememos nenhum tipo de investigação porque nunca fizemos nada errado”


Nesta sexta-feira (29), durante coletiva de imprensa para apresentação de novas medidas estaduais para enfrentar a crise do novo coronavírus, o governador Flávio Dino (PCdoB) disse não temer qualquer tipo de investigação da Polícia Federal sobre supostas irregularidades na gestão de recursos da Saúde durante a pandemia.

“Nós não tememos nenhum tipo de investigação de quem quer que seja porque nunca fizemos nada errado”, disparou o governador.

A fala do governador surge em meio a notícias de que a PGR (Procuradoria-Geral da República) estaria investigando a gestão de oito governadores por suspeitas de irregularidades em contratos firmados durante a crise de Covid-19. 

Na última terça-feira, 26, operação da PF cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Nos bastidores, ventila-se que as investigações seriam articuladas pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido), para atingir adversários políticos.

“Há infelizmente uma tentativa de manipulação política muito visível. O presidente da República nesse momento anuncia uma escalada autoritária, quiçá golpista no Brasil. Isso faz com que haja uma intolerância do presidente e dos seus seguidores em relação aqueles outros espaços institucionais em que há discordância em relação às suas singulares e exóticas visões. Isso vai desde o Supremo Tribunal Federal e chega aos governadores”, avaliou Dino.

Dino, porém, ressalta que continua e continuará “ficha limpa”, diz que é a favor de investigações criminais “dentro da lei”, mas que não aceitará qualquer tipo de “intimidação”, “perseguição” ou “arbitrariedade”.

“Sou, continuo a ser e continuarei a ser ficha limpa. Podem investigar o que quiserem, mas não aceitaremos nenhum tipo de intimidação, nenhum tipo de perseguição, nenhum tipo de arbitrariedade e teremos, como sempre, a firmeza e a coragem necessária para denunciá-las”, afirmou.

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