Rádio Voz do Maranhão

sábado, 16 de maio de 2020

Morre o ex-jogador de futebol Bimbinha, que marcou época no Sampaio Corrêa

De acordo com informações, Bimbinha foi encontrado já sem vida em um quarto onde morava, localizado na área Itaqui-Bacanga, em São Luís.
Reginaldo Castro, mais conhecido como Bimbinha, nascido em São Luís, no dia 10 de junho de 1956, que fez história como ponta esquerda do Sampaio Corrêa, foi encontrado morto em um quarto de quitinete, no bairro Anjo da Guarda, em São Luís, na sexta-feira (15). 

Considerado um dos personagens mais emblemáticos do futebol maranhense, Bimbinha ganhou notoriedade por ser o menor jogador de futebol da história, com 1m47cm de altura. Ele sofria de problemas renais e diabetes. 

Bimbinha é um dos ídolos do Sampaio Corrêa, onde conquistou o pentacampeonato estadual na década de 1980 (1984, 1985, 1986, 1987 e 1988) e disputou o Brasileirão de 77. Além do Sampaio Corrêa, ele ainda defendeu as cores do Moto Club, Expressinho, e Izabelense, antes de se aposentar.

Criado no bairro Tamancão

Bimbinha sempre ia acompanhar os irmãos Reinaldo e Egui nos jogos do Atlântico (clube amador). Um dia Egui não pode comparecer a um jogo do Atlântico e o treinador, para completar o time, colocou um menino que estava de chuteiras e sempre acompanhava os irmãos. Bimbinha se destacou no jogo e passou a ser titular ao lado dos irmãos.

Mas a partida que mudou a vida dele foi contra o time dos Onze Irmãos (clube formado por presidiários). O diretor do presídio José Carlos Viana Mendes, que também era dirigente do Maranhão Atlético Clube (MAC) de imediato fez um boa proposta para levá-lo ao ‘Bode Gregório’.

Porém, Djalma Campos, jogador do Sampaio Corrêa, também viu Bimbinha arrebentando numa pelada e fez de tudo para convencê-lo a ir jogar no tricolor de São Pantaleão. Bimbinha escolheu o Sampaio, pois tinha Djalma como um grande ídolo, e foi para os juniores.

Em 1977, aos 21 anos, estreou no time de profissionais. Com um metro e cinquenta e dois centímetros, cinquenta e um quilos e chuteira número 34, Bimbinha voava em campo e passou a ser o xodó da torcida boliviana.

No campeonato brasileiro daquele ano, Bimbinha protagonizou um dos dribles mais marcantes do futebol. No jogo contra o Corinthians ele entrou no segundo tempo, substituindo o atacante Xavier. Deu sufoco no adversário, até driblou dois jogadores e tocou a bola por baixo das pernas do lateral direito Zé Maria. Detalhe, ele tocou a bola e também passou por baixo do Super-Zé. Ao concluir o lance a torcida do Sampaio foi ao delírio. O jogo terminou sem gols e nascia ali mais um mito.

Bimbinha fez parte do trio de ataque mágico, ao lado de Fernando Misterioso e Cabecinha, que faturou os títulos estaduais de 1978 e 1980.

Desempregado, Bimbinha dependia da ajuda de amigos e familiares. Quando estava bem de saúde, o ex-jogador vendia água mineral na área do Camelódromo, na Avenida Magalhães de Almeida, na região central de São Luís. 

O sepultamento de Bimbinha será neste sábado, no cemitério do bairro Turu.

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