De
acordo com informações, Bimbinha foi encontrado já sem vida em um quarto onde
morava, localizado na área Itaqui-Bacanga, em São Luís.
Reginaldo Castro, mais conhecido como Bimbinha,
nascido em São Luís, no dia 10 de junho de 1956, que fez história como ponta
esquerda do Sampaio Corrêa, foi encontrado morto em um quarto de quitinete, no
bairro Anjo da Guarda, em São Luís, na sexta-feira (15).
Considerado um dos personagens mais
emblemáticos do futebol maranhense, Bimbinha ganhou notoriedade por ser o menor
jogador de futebol da história, com 1m47cm de altura. Ele sofria de problemas renais e diabetes.
Bimbinha é um dos ídolos do Sampaio Corrêa, onde
conquistou o pentacampeonato estadual na década de 1980 (1984, 1985, 1986, 1987
e 1988) e disputou o Brasileirão de 77. Além do Sampaio Corrêa, ele ainda
defendeu as cores do Moto Club, Expressinho, e Izabelense, antes de se
aposentar.
Criado no bairro Tamancão
Bimbinha sempre ia acompanhar os irmãos Reinaldo e
Egui nos jogos do Atlântico (clube amador). Um dia Egui não pode comparecer a
um jogo do Atlântico e o treinador, para completar o time, colocou um menino
que estava de chuteiras e sempre acompanhava os irmãos. Bimbinha se destacou no
jogo e passou a ser titular ao lado dos irmãos.
Mas a partida que mudou a vida dele foi contra o
time dos Onze Irmãos (clube formado por presidiários). O diretor do presídio
José Carlos Viana Mendes, que também era dirigente do Maranhão Atlético Clube
(MAC) de imediato fez um boa proposta para levá-lo ao ‘Bode Gregório’.
Porém, Djalma Campos, jogador do Sampaio Corrêa,
também viu Bimbinha arrebentando numa pelada e fez de tudo para convencê-lo a
ir jogar no tricolor de São Pantaleão. Bimbinha escolheu o Sampaio, pois tinha
Djalma como um grande ídolo, e foi para os juniores.
Em 1977, aos 21 anos, estreou no time de
profissionais. Com um metro e cinquenta e dois centímetros, cinquenta e um
quilos e chuteira número 34, Bimbinha voava em campo e passou a ser o xodó da
torcida boliviana.
No campeonato brasileiro daquele ano, Bimbinha protagonizou
um dos dribles mais marcantes do futebol. No jogo contra o Corinthians ele
entrou no segundo tempo, substituindo o atacante Xavier. Deu sufoco no
adversário, até driblou dois jogadores e tocou a bola por baixo das pernas do
lateral direito Zé Maria. Detalhe, ele tocou a bola e também passou por baixo
do Super-Zé. Ao concluir o lance a torcida do Sampaio foi ao delírio. O jogo
terminou sem gols e nascia ali mais um mito.
Bimbinha fez parte do trio de ataque mágico, ao lado
de Fernando Misterioso e Cabecinha, que faturou os títulos estaduais de 1978 e
1980.
Desempregado, Bimbinha dependia da ajuda de amigos e familiares. Quando estava bem de saúde, o ex-jogador vendia água mineral na área do Camelódromo, na Avenida Magalhães de Almeida, na região central de São Luís.
O sepultamento de Bimbinha será neste sábado, no cemitério do bairro Turu.
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