O governador do Maranhão, Flávio Dino
(PCdoB), disse que a pandemia provocada pelo coronavírus irá acentuar as
desigualdades sociais, por conta da incerteza de volta às aulas para milhões de
crianças e jovens.
“É um desses passivos ocultos do coronavírus.
Uma parte da classe média para cima com aula online. E, portanto, com condições
de manter a aprendizagem em níveis razoáveis. E os filhos dos pobres, dos
trabalhadores e trabalhadoras do Brasil?”, questionou.
A declaração do governador Flávio Dino foi
feita durante o debate "Federalismo Cooperativo: o Fundeb e o SUS",
promovido pelo que IDP (Instituto de Direito Público), no final de semana.
Segundo o governador, o Brasil assistirá
uma geração perdida de jovens por conta da evasão escolar.
“Estamos vendo a destruição de uma geração
de jovens brasileiros, que não é a morte física, mas é a perda de horizontes
concretos de esperanças e sonhos. Quem conhece a temática da educação sabe que
isso vai se traduzir em abandono escolar gigantesco”, argumentou.
Flávio Dino também responsabilizou o
Ministério da Educação pela situação, que ignora o debate e evita discutir
soluções para o caso.
"E quem está tratando disso no Brasil?
Jesus Cristo, Deus e os gestores locais dos municípios e estados. Não há um
debate organizado sobre isso. O MEC está silente há 19 meses, um recorde da
vida republicana, digno do Guinness. Como um país sobrevive a 19 meses sem
ministro da Educação?", indagou.
ENEM
Com a data do ENEM mantida, Flávio Dino
precisou editar um decreto de requisição administrativa para conseguir adquirir
90 mil chips com pacote de dados de internet. Os chips serão distribuídos para
os alunos do Terceiro Ano do Ensino Médio, para garantir que todos tenham
acesso aos conteúdos online.
"Estamos fortalecendo ao máximo o
ensino não presencial, com aulas via internet e rádios", disse, na
expectativa de que a ação atenue os efeitos indiretos da pandemia.
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