A
polícia identificou que os investigados simulavam o comércio de gado para dar a
aparência de legalidade em suas transações e, assim, poder traficar as drogas.
A Polícia Civil prendeu integrantes de facções
criminosas que estavam à frente do tráfico de drogas em São Luís e municípios
da Baixada Maranhense. Na operação, batizada de Pecus e executada pela
Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), policiais cumpriram
65 mandados, entre prisão e busca e apreensão.
Além das prisões, as equipes apreenderam
armas, munição e drogas diversas. Em coletiva à imprensa, na tarde desta
sexta-feira (21), na sede da Polícia Civil, bairro Outeiro da Cruz, a operação
foi detalhada.
Os policiais foram deslocados em pontos da
capital e de mais cinco cidades do interior do Maranhão - Pinheiro, Turilândia,
Mirinzal, Central do Maranhão e Maracaçumé, para cumprimentos dos mandados
emitidos pela Justiça.
“O objeto desta investigação foi o combate
a quadrilhas de tráfico de drogas, crime que leva a outros como assaltos e
homicídios", pontuou o titular da SEIC, delegado Armando Pacheco. Entre as
prisões, um policial reformado, flagrado com armamento pesado. A operação
ocorreu na madrugada desta sexta-feira.
Os presos são integrantes de facções
criminosas e envolvidos com quadrilhas especializadas em tráfico de drogas.
Para o cumprimento dos mandados, a polícia montou um plano de ação onde os
suspeitos foram investigados e monitorados. A polícia identificou que os
investigados simulavam o comércio de gado para dar a aparência de legalidade em
suas transações e, assim, poder traficar as drogas.
Diversos pertences foram apreendidos e
serão analisados no sentido de identificar a participação de outros criminosos.
Com as provas confirmadas e os suspeitos identificados, as equipes se
deslocaram aos pontos de atuação dos criminosos.
“Para a execução dessa mega operação,
seguimos um planejamento, que teve sua culminância com as prisões e apreensões,
que ultrapassaram os 60 procedimentos. Portanto, considero exitoso o trabalho,
que teve sua missão cumprida”, destacou o delegado Armando Pacheco. As
investigações iniciaram ainda no ano de 2019, com monitoramentos a grupos
criminosos suspeitos de vários crimes de roubo e de pelo menos três homicídios.
A operação Pecus mobilizou cerca de 200
policiais e utilizou 57 viaturas, além de outros equipamentos. Foram cumpridos
29 mandados de prisão, sendo 23 capturados e seis cumpridos no presídio. Os
policiais cumpriram ainda 36 mandados de busca e apreenderam armas e drogas.
Participaram da operação junto à SEIC as superintendências de Combate ao
Narcotráfico (Senarc), de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), de Polícia
Civil da Capital (SPCC) e de Polícia Civil do Interior (SPCI); e Grupo de
Operações Especiais.
O nome da operação remete à pecúnia e tem
origem do latim ‘pecus’, que significa rebanho (gado) ou ‘peculium’ (dinheiro).
Entre os romanos, significava todas as coisas supérfluas, não necessárias à
família e mais tarde passou a significar os produtos do cultivo das terras. Os
criminosos chamavam as drogas traficadas de pecus, para despistar investigações
e não levantar suspeitas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário