sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Polícia desmonta esquema de tráfico de drogas e prende integrantes de facções criminosas na capital e Baixada Maranhense

A polícia identificou que os investigados simulavam o comércio de gado para dar a aparência de legalidade em suas transações e, assim, poder traficar as drogas.

A Polícia Civil prendeu integrantes de facções criminosas que estavam à frente do tráfico de drogas em São Luís e municípios da Baixada Maranhense. Na operação, batizada de Pecus e executada pela Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), policiais cumpriram 65 mandados, entre prisão e busca e apreensão.  

Além das prisões, as equipes apreenderam armas, munição e drogas diversas. Em coletiva à imprensa, na tarde desta sexta-feira (21), na sede da Polícia Civil, bairro Outeiro da Cruz, a operação foi detalhada.

Os policiais foram deslocados em pontos da capital e de mais cinco cidades do interior do Maranhão - Pinheiro, Turilândia, Mirinzal, Central do Maranhão e Maracaçumé, para cumprimentos dos mandados emitidos pela Justiça.

“O objeto desta investigação foi o combate a quadrilhas de tráfico de drogas, crime que leva a outros como assaltos e homicídios", pontuou o titular da SEIC, delegado Armando Pacheco. Entre as prisões, um policial reformado, flagrado com armamento pesado. A operação ocorreu na madrugada desta sexta-feira.

Os presos são integrantes de facções criminosas e envolvidos com quadrilhas especializadas em tráfico de drogas. Para o cumprimento dos mandados, a polícia montou um plano de ação onde os suspeitos foram investigados e monitorados. A polícia identificou que os investigados simulavam o comércio de gado para dar a aparência de legalidade em suas transações e, assim, poder traficar as drogas.

Diversos pertences foram apreendidos e serão analisados no sentido de identificar a participação de outros criminosos. Com as provas confirmadas e os suspeitos identificados, as equipes se deslocaram aos pontos de atuação dos criminosos.

“Para a execução dessa mega operação, seguimos um planejamento, que teve sua culminância com as prisões e apreensões, que ultrapassaram os 60 procedimentos. Portanto, considero exitoso o trabalho, que teve sua missão cumprida”, destacou o delegado Armando Pacheco. As investigações iniciaram ainda no ano de 2019, com monitoramentos a grupos criminosos suspeitos de vários crimes de roubo e de pelo menos três homicídios.

A operação Pecus mobilizou cerca de 200 policiais e utilizou 57 viaturas, além de outros equipamentos. Foram cumpridos 29 mandados de prisão, sendo 23 capturados e seis cumpridos no presídio. Os policiais cumpriram ainda 36 mandados de busca e apreenderam armas e drogas. Participaram da operação junto à SEIC as superintendências de Combate ao Narcotráfico (Senarc), de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), de Polícia Civil da Capital (SPCC) e de Polícia Civil do Interior (SPCI); e Grupo de Operações Especiais.

O nome da operação remete à pecúnia e tem origem do latim ‘pecus’, que significa rebanho (gado) ou ‘peculium’ (dinheiro). Entre os romanos, significava todas as coisas supérfluas, não necessárias à família e mais tarde passou a significar os produtos do cultivo das terras. Os criminosos chamavam as drogas traficadas de pecus, para despistar investigações e não levantar suspeitas.

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