Acusado de lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e de ter cometido crime de responsabilidade, Eduardo Braide (Podemos), candidato à Prefeitura de São Luís, teve o início do seu julgamento incluído na pauta do Tribunal Regional Federal, que no dia 9 de dezembro deve decidir se encaminha o processo para o Supremo Tribunal Federal ou para o Tribunal de Justiça do Maranhão.
Existe uma dúvida sobre quem deve julgar o caso, pois os crimes teriam acontecido antes de Braide se tornar deputado federal, função que possui foro privilegiado. Por sua vez, o agendamento desconstrói o argumento utilizado pelo candidato em programas eleitorais e nas redes sociais, onde afirma que não é investigado.
“E aí, o Braide vai continuar mentindo?
A máscara caiu por completo.
Vai recorrer de novo à censura?
Mentiroso, cinicamente mentiroso.
Braide debochou do povo com sua grave mentira. Perdeu qualquer condição ética de ser prefeito”, disse Márcio Jerry.
O documento sigiloso que revelava a investigação foi publicado inicialmente pelo jornal Folha de São Paulo no dia 7 de novembro. Dois dias depois, Braide surpreendeu ao conseguir, a partir da juíza Cristiana de Sousa Ferraz Leite, da 76ª Zona Eleitoral do Maranhão, censurar a reportagem. No mesmo dia ele faltou de um debate pela primeira vez.
A Folha rebateu a decisão da juíza e no dia 12
publicou uma certidão emitida pelo Ministério Público Federal confirmando que
Braide é alvo de investigação. Com isso, a justiça acabou revogando a censura.
Porém, mesmo com os documentos publicados por um dos principais jornais do
Brasil, o candidato Braide insiste no argumento de que não é investigado.
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