Rádio Voz do Maranhão

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Falso médico condenado por morte de empresária após procedimento estético em São Luís é preso no Rio

Crime ocorreu em 2013 na capital maranhense, e o falso cirurgião plástico estava foragido desde aquele ano. Segundo a polícia, no Rio ele 'levava uma vida normal', trabalhando como gerente de uma pizzaria na Barra da Tijuca.

Um falso médico, foragido da Justiça após ser condenado por provocar a morte de uma empresária em decorrência de um procedimento estético no Maranhão, foi capturado no Rio pela Polícia Civil. A prisão ocorreu na noite de sexta-feira (12), oito anos depois do crime.

Dhione Silva Gonçalves foi condenado a 11 anos de prisão pela morte de Gleicyane Ramos Fernandes, de 29 anos. Ela não resistiu a uma parada cardíaca depois de ter próteses de silicone industrial implantadas por ele, em fevereiro de 2013, em São Luís.

Sem ter formação médica, Dihone atuava como cirurgião plástico em uma clínica clandestina de estética na capital maranhense. A morte da empresária provocou grande revolta na cidade à época.

Segundo a polícia, após o caso de Gleicyane, diversas outras vítimas denunciaram procedimentos estéticos mal executados pelo falso médico.

Preso preventivamente logo após a morte da empresária, Dihone ficou encarcerado por pouco mais de seis meses e, uma vez solto, fugiu da cidade, segundo a polícia.

Passados oito anos desde o crime, ele foi capturado a partir do trabalho de inteligência e monitoramento realizado pela Delegacia de Polícia Interestadual – Divisão de Capturas (DC-Polinter).

De acordo com a Polinter, o falso médico se escondeu no Rio de Janeiro. “Aqui, levava uma vida normal, trabalhando como gerente em uma pizzaria na Barra da Tijuca, onde foi preso”, destacou a corporação.

Ainda de acordo com a delegacia especializada, Dihone será encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária, onde ficará à disposição da Justiça para cumprir a pena à qual foi condenado.

Condenado a 11 anos de prisão

Dhione Silva Gonçalves foi preso em 03 de agosto de 2013. Ficou na prisão até 29 de abril de 2014, quando conseguiu um habeas corpus.

O falso médico foi condenado, em 18 de setembro de 2017, a 11 anos e oitos meses de reclusão, em regime fechado.

O comparsa dele, Markus Luanderson Gomes de Sousa Martins, também foi condenado a 11 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado.

Prisão por formação de quadrilha ou bando

O falso médico também responde a processo por formação de quadrilha ou bando, crime prevista no art. 288 do Código Penal. Com ele, foram presos, pela Delegacia de Defraudações, em São Luís, em 2016, Mayanna Vieira Lima e Agmo Severino Brito da Silva.

O processo foi aberto em 15 de agosto de 2016 e encontra-se suspenso desde 25 de novembro de 2020. A Justiça aguarda resposta de uma Carta Precatória para a Comarca de Porto Alegre (RS) para ouvir uma testemunha.

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