Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Jornalista é preso após assassinar irmã advogada a facadas em Pedro II, no Piauí; ele foi ao velório e mostrou frieza

A advogada foi assassinada pelo irmão jornalista, que contou com o apoio da mãe.
Ela e a empregada ajudaram a limpar o sangue do quarto para eliminar
vestígios. No velório, o assassino mostrou frieza

As investigações da Polícia Civil, conduzidas pelo delegado Danúbio Dias, sobre o crime bárbaro que tirou a vida da advogada Izadora Mourão, revelaram a frieza do jornalista e bacharel em Direito João Paulo Mourão após assassinar a própria irmã com sete facadas. O crime que chocou todo o estado foi cometido no último sábado (13) na cidade de Pedro II, a 204 km de Teresina.

O jornalista, que também é secretário de Comunicação de Pedro II, foi preso em flagrante, na tarde dessa segunda-feira (15), na casa onde a advogada foi morta. Ele nega a autoria do crime.

João Paulo, juntamente com a mãe, Maria Nerci, informaram que Izadora havia sido morta por uma mulher desconhecida, que seria vendedora de roupas. A história fictícia logo chamou atenção da polícia, que percebeu falhas na versão dos dois.

Segundo revelação do delegado e coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o “Barêtta”, João Paulo cometeu o crime dentro de seu quarto e depois foi dormir no quarto da mãe, a idosa Maria Nerci.

“O que está devidamente comprovado no bojo do inquérito policial é de que após praticar o crime, ele foi dormir lá no quarto da mãe dele. A vítima foi morta no quarto dele [João Paulo]. A mãe ao saber que a filha tinha sido morta não tomou providências em chamar a polícia e tampouco avisar o serviço médico de saúde para prestar algum socorro se fosse o caso. Ela ligou foi para faxineira, para que ela dissesse que quando chegou lá o filho estava dormindo”, afirmou Barêtta.

Ainda conforme o delegado Barêtta, após praticar o homicídio, o suspeito, na companhia da mãe e da faxineira, lavaram o quarto no intuito de não deixar qualquer vestígio de sangue que comprovasse a materialidade do crime.

“Eles inclusive lavaram bem o quarto, mas ontem os peritos do Instituto de Criminalística e do Instituto de DNA ainda conseguiram localizar vestígio de sangue dentro do quarto, apesar de lavado”, explicou o delegado Barêtta.

O coordenador do DHPP informou ainda que o delegado Danúbio solicitou a realização de novos exames periciais, tais como exame cadavérico e de corpo de delito.

Usou duas facas para matar advogada

O delegado Barêtta revelou que o jornalista utilizou duas facas para ceifar a vida de Izadora Mourão. “A autoria material está provada que é o João Paulo, inclusive, com apreensão de duas facas utilizadas por ele”.

Motivação

Em relação ao motivo que teria levado ao assassinato da advogada, Barêtta explicou que os dois tinham “desavenças”, mas não deu maiores detalhes sobre o assunto.

“Numa investigação criminal de homicídio, nós temos que responder a 7 indagações e a última é o motivo, mas nós levantamos que ela e o assassino tinham desavenças internas há muito tempo. Mas, nós estamos investigamos, por que nós investigamos para prender e não prendemos para investigar”, ressaltou o delegado.

Mãe criou álibi falso

Maria Nerci, mãe de Izadora e João Paulo, poderá ser indiciada por participação no crime, pois de acordo com a Polícia Civil, a idosa pode ter criado um falso álibi para acobertar o filho.

“A mãe dele, quando viu a moça morta, a primeira coisa que fez, em vez de ligar para a polícia, ligou para uma faxineira para ela [a faxineira] dizer que ele [João Paulo] estava dormindo, para criar um álibi”, disse Barêtta.

Assassino foi ao velório e mostrou frieza

A reviravolta no caso da advogada Izadora Santos Mourão deixou a população perplexa. A prisão do jornalista causou espanto por vários motivos, entre eles o fato de ele ter ido ao velório e até ter concedido entrevista se referindo ao crime como "bárbaro e cruel" e que "tudo levava a crer que foi uma morte "pensada, friamente calculada, premeditada" e que não daria para "admitir um crime brutal em cidade pacata como Pedro II".

Antes de ser preso, ele disse também que estava "em choque, desnorteado, sem saber o que fazer e que acreditava na justiça divina e dos homens".

Veja a entrevista que o jornalista concedeu ao Portal P2, de Pedro II

Com informações do site GP1/Teresina

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