O policial militar cabo Adriano Leite, vítima de uma tentativa de homicídio no fim de semana em Imperatriz, passou por uma cirurgia no fêmur esquerdo, no Hospital Municipal, para evitar complicações, mas ainda depende de outros procedimentos cirúrgicos. Um dos disparos também atravessou a região posterior do joelho direito.
“Ele vai precisar de um tratamento especializado porque foi uma fratura bem complexa, até sexta-feira, se correr tudo dentro do esperado ele deve ser transferido para São Luís para fazer as cirurgias lá”, disse o médico Anísio Cavalcante.
Segundo informações de André Brito Leite, irmão da vítima, o policial foi submetido a uma cirurgia de emergência no fêmur esquerdo para estabilização e evitar mais complicações ortopédicas. “Ele perdeu a sensibilidade da perna direita, região anterior da canela, em decorrência do outro disparo que atravessou a região posterior do joelho direito. Precisará passar por mais algumas cirurgias, precisará de bolsas de sangue, está sondado, sem poder defecar, e com muitas dores. Nós da família agradecemos o carinho e apoio de todos os amigos e população em geral. Vamos orar para que ele consiga voltar o quanto antes para suas ações de proteção de animais de rua e distribuição de cestas básicas. Serão dias difíceis, mas com fé em Deus ele sairá dessa”, disse o irmão.
Na terça-feira (20), a cúpula de segurança pública do Estado esteve reunida em Imperatriz para acompanhar de perto o caso, e o secretário Jeferson Portela disse que a conduta do policial civil que atirou no PM deve ser tratada como um fato isolado, que não representa a corporação.
As investigações apontaram ainda que no dia do crime o escrivão ingeriu bebida alcoólica e fez disparos em outros pontos da cidade, o que pode confrontar com a informação de que teria havido um mal entendido, quando ele considerou que o PM estivesse em atitude suspeita no posto de combustível e fez os disparos contra ele.
O policial civil José de Arimateia Cunha Rodrigues, conhecido como Ari, segue preso e além de responder criminalmente deve sofrer sanções administrativas pela tentativa de homicídio contra o policial militar, que alimentava cães de rua quando foi baleado pelo escrivão. Um relatório do caso deve ser entregue ao Conselho da Polícia.
A possibilidade de outro suspeito no caso também está sendo avaliada. “Já há essa referência que está em apuração, de que poderia haver um disparo de um segundo veículo. Eles estavam em três veículos consumindo bebida alcoólica, houve esse disparo e pode haver um disparo de outro carro, tudo o que for notícia relacionada a esse caso vai pra investigação no inquérito policial”, disse o secretário Jeferson Portela.
O ataque criminoso
O ataque contra o policial militar foi gravado por uma câmera de segurança na madrugada de domingo (18). O cabo Adriano Leite estava de folga, alimentando cachorros de rua, quando foi surpreendido pela aproximação de um carro branco e por disparos de arma de fogo enquanto estava em um posto de gasolina. O PM conseguiu revidar, mas foi atingido e precisou ser socorrido.
Com
o suspeito, que já se encontra preso, polícia apreendeu uma pistola calibre
.40, três carregadores com munição e um colete à prova de balas, além do carro
utilizado na tentativa de homicídio.
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