segunda-feira, 19 de abril de 2021

PMs que deixaram dona de loja espancar suspeitas de furto no Parque Vitória responderão a inquérito policial

 

Três policiais militares responderão a inquérito policial após assistirem ao espancamento de duas mulheres, suspeitas de furto, dentro da loja Empório do 20, no Parque Vitória, por volta das 17h05 de sábado (17). 

Após serem flagradas, as mulheres foram trancadas dentro da loja e passaram a ser espancadas pela proprietária. Os policiais não fazem nenhum tipo de intervenção para evitar as agressões. Eles apenas assistem à sessão de espancamentos.

Nas redes sociais, o secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, condenou a atitude dos PMs.

“Os policiais em vez de tomarem as medidas legais com base na acusação de roubo e diante das agressões, deram cobertura para o ato ilegal, de violência e violação de direitos, incompatível com a missão do policial militar, do servidor público”, diz o secretário.

Ele acrescenta que o comandante da PM, coronel Pedro Ribeiro, ao tomar conhecimento do caso, determinou abertura de inquérito policial, sindicância demissionária e apuração do Conselho de Disciplina da PM.

“Quem comete crime, deve ser preso/a e ser submetido/a a um julgamento justo, seja quem rouba, quem agride ou servidor público que protege agressor. Essa é a lei. Fora disso é crime. E deve ser apurado e punidos os responsáveis”, diz Francisco Gonçalves.

Confira a nota divulgada pelo secretário

Na presença de policiais militares, como fica evidente em vídeo divulgado em redes sociais neste final de semana, proprietária da loja Empório do 20, no Parque Vitoria, em São José de Ribamar, fechou o estabelecimento e espancou mulheres acusadas de roubo.

Os policiais em vez de tomarem as medidas legais com base na acusação de roubo e diante das agressões, deram cobertura para o ato ilegal, de violência e violação de direitos, incompatível com a missão do policial militar, do servidor público. 

O comandante da Polícia Militar, Coronel Pedro Ribeiro, me informou que logo ao tomar conhecimento do caso adotou todas as medidas cabíveis sobre essa ação ilegal - determinou abertura de inquérito policial, sindicância demissionária e apuração do Conselho de Disciplina da PM.

Eu, na condição de secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular, estou solicitando a Corregedoria da Segurança Pública e a Corregedoria da Polícia Militar igualmente a apuração do caso.

Do mesmo modo, estou solicitando a Polícia Civil a apuração das agressões.

É sempre importante lembrar que JUSTIÇA não é VINGANÇA. Quem comete crime, deve ser preso/a e ser submetido/a a um julgamento justo, seja quem rouba, quem agride ou servidor público que protege agressor. Essa é a lei. Fora disso é crime. E deve ser apurado e punidos os responsáveis.

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