Rádio Voz do Maranhão

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Policial que matou médico será excluído da PMMA: “Tomara que a justiça não volte”, diz comandante; veja vídeo do crime

O policial militar Adonias Sadda Sousa Costa, que matou o médico Bruno Calaça Barbosa, de 24 anos, na cidade de Imperatriz, será excluído dos quadros da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), onde ingressou em 2013.

É o que assegura o comandante da corporação, coronel Pedro Ribeiro, que disse que uma questão de honra localizar e prender o assassino. Em seguida, será instaurado procedimento que levará à exclusão do PM da corporação.

Em entrevista ao programa Rádio Patrulha (Mirante AM), Pedro Ribeiro criticou a justiça por retornar à corporação militares excluídos por prática de delito. “Nós já excluímos aqui vários bandidos da corporação para limpar do seio da nossa sociedade, mas, infelizmente, a justiça está voltando”, disse o comandante.

“O Bruno nem chegou a discutir com ele. Estava sentado e um amigo desse soldado o levou até o Bruno e ele simplesmente atirou no rapaz. Covarde, covarde, frio, mau… e nós vamos dar resposta necessária, que é prisão, excluí-lo da corporação, e com certeza a justiça vai tomar as devidas providências para julgar e condenar esse indivíduo cruel assassino.  E tomara que a justiça não volte, porque nós já excluímos aqui vários bandidos da corporação para limpar do seio da nossa sociedade, mas infelizmente a justiça está voltando”, afirmou Pedro Ribeiro.

O crime

Uma confusão originada por uma suposta tentativa de assédio teria sido o motivo da morte do médico Bruno Calaça Barbosa, na madrugada desta segunda-feira (26), por volta das 3h30, no fim de uma festa, no bar Dell Lagoa, na Avenida Beira-Rio, em Imperatriz.

Tudo começou quando um empresário do ramo de autopeças, identificado como Waldek, teria ‘esbarrado’ algumas vezes na jovem Luna Lemos, namorada de um irmão de Bruno, o que teria sido interpretado como assédio, como se o empresário estivesse querendo ‘dar em cima’ da garota. Waldek estava acompanhado de um outro empresário, identificado como Ilker, também do ramo de autopeças, e de Ricardo Barbalho, que seria advogado.

Insatisfeita com a atitude de Waldek, Luna relatou o fato para o irmão de Bruno, conhecido como Willian, iniciando-se, assim, a partir daí, uma confusão com empurra-empurra e tentativas de agressão. O proprietário do Dell Lagoa interveio e apartou a briga, fazendo com que todos os envolvidos dessem as mãos.

Momentos  mais tarde, já com a festa encerrada e as luzes acesas, Bruno estava encostado no palco, sentado, enquanto Barbalho e um dos empresários, conforme pode ser visto num vídeo divulgado nas redes sociais, passaram a conversar com o soldado Adonias, apontando para o local onde estavam Bruno, seu irmão Willian, Luna e outros amigos.

No vídeo, percebe-se que Barbalho e o empresário falam alguma coisa ao ouvido do policial Adonias e em seguida o militar, acompanhado de um deles, vai na direção de Bruno. O empresário se aproxima do médico, fala alguma coisa e desfere um murro a altura do ombro de Bruno, que reage com um empurrão, como querendo livrar-se dele. Em seguida, Adonias saca um revólver e atira em Bruno Calaça, que ainda fica em pé alguns segundos e cai, enquanto o policial e o empresário se retiram.

Pela manhã, ciente do crime, o secretário da Segurança Pública, Jefferson Portela, destacou para Imperatriz o delegado Praxisteles Martins, titular da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), para comandar as investigações.

Com informações de O Informante

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Um comentário:

  1. No momento que a Justiça do nosso estado começou a se envolver em questões tipicamente militares e foi tirado a eliminação do concurso na etapa do exame psicológico a corporação começou a receber muitas pessoas que não são aptas psicologicamente pro serviço e principalmente outras que são capazes de tudo pra ingressar atrás da estabilidade que o serviço público da ao concursado usando a via judicial pra isso. De 2014 até hoje vemos milhares entrando via ordem judicial nas fileiras com pontuação que não chega nem a metade do mínimo exigido na prova atropelando fases do concurso com uso de mandados de segurança e ordens judiciais e vemos muitos casos graves envolvendo esses novos militares casos até de recém ingressados matar o próprio colega dentro da viatura e o militar voltou mediante ordem judicial. Até turma de formando do penúltimo concurso de 2012 se formou esse ano via ordem judicial. É um absurdo mas acontece. Assim como entram pessoas de bem e bons militares entram pessoas que não tem a capacidade psicológica e intelectual pra estar fardado. Infelizmente nossa polícia está doente.

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