O homem identificado como Gabriel Weverton Fontes da
Silva, de 25 anos, conhecido como ‘Zé Maguin’, acusado de assassinar a
ex-namorada e enterrá-la, será julgado nesta quarta-feira (24) em Imperatriz.
Ele matou a adolescente Erika Camila da Silva Oliveira, de 16 anos, com vários golpes de faca, em junho de 2018. Ela foi enterrada em uma cova rasa, às margens do rio Cacau, nas proximidades do ‘setor dos potes’, no bairro Bacuri, em Imperatriz.
“Zé Maguin” confessou o crime e disse, na ocasião, que o
desentendimento foi porque ele era da facção PCC e a vítima era do Comando
Vermelho. “Ela disse que ia me matar e, para não morrer, a matei”, confessou.
Essa versão de Gabriel Weverton foi derrubada pela
polícia porque, segundo o delegado Praxisteles Martins, houve o término de um
relacionamento e, por isso, o crime está mais para passional do que por qualquer
outra situação.
A polícia chegou até Gabriel, após vídeos e fotos da
execução da adolescente terem circulado nas redes sociais.
“Zé Maguin” vai ser julgado pelos crimes previstos nos artigos 121, § 2º, I, III, IV e VI; 146, caput; 211 e 212, todos do Código Penal.
Relato nos autos do processo
Conforme os autos, Gabriel Weverton Fontes da Silva teria
esclarecido que a vítima e ele mantiveram um relacionamento amoroso por cerca
de um mês sobrevindo, porém, término da relação, pois ele, que afirmava ser
"praticamente" da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital),
disse que se sentia ameaçado em relação à vítima, que estaria envolvendo-se com
pessoas de facção rival.
Terminando o namoro, e mesmo sob a alegação de que a
vítima fazia postagens de cunho ameaçador em relação a este, através do
"status do whatsapp" Gabriel entrara em contato telefônico com Erika,
demonstrando seu interesse em reatar o namoro com a mesma.
Conforme apurado, um dia antes ao crime, Gabriel, que
havia voltado a conversar com Erika, teria convidado a vítima para retomar o
relacionamento além de fazer uso de entorpecentes no local conhecido como setor
dos Potes, o que, neste dia, acabara não ocorrendo. Segundo o próprio Gabriel,
este já detinha a intenção de "assustar" Erika, pois na sua versão, o
mesmo sentir-se-ia ameaçado, pensando, inclusive, em dar umas facadas na vítima
para esta lhe "deixar de mão".
No dia seguinte, porém, Gabriel, em companhia de um
menor e Erika, teriam ido realmente ao Setor dos Potes fazer uso de
"maconha", fornecida pelo denunciado. Ao chegarem no local indicado, Gabriel
passara a indagar a vítima sobre as supostas ameaças. Diante da ausência de
respostas, aquele, irritado, e já armado com uma faca, dera o primeiro golpe
contra Erika, que estava desarmada, na região das mãos.
Ato contínuo, Gabriel, passara a desferir golpes de
faca, e com um punhal que já possuía, nas costas da vítima, tendo esta,
completamente indefesa, irritado pedindo para ele não fazer isso. Na
continuidade da empreitada, já com Erika caída ao chão, o denunciado desferiu
outro gole de faca na parte de trás do pescoço da vítima, aplicando-lhe um
sofrimento demasiadamente cruel.
Após toda a barbaridade na frente do menor, o
agressor solicitara ao adolescente que este fotografasse Erika ao chão.
Atendido o pedido, e diante dos registros fotográficos, Gabriel fizera o
símbolo do "PCC" com as mãos, divulgando, em seguida, fotos e vídeos
do corpo da adolescente nas redes sociais.
Consumado o homicídio, o agressor cavara uma cova
rasa, onde escondera o cadáver, retornando tranquilamente à sua residência.
Divulgadas as fotos na "internet", e após a preocupação causada pelo
"desaparecimento" da filha, a mãe de Erika a reconheceu, bem como os
traços que identificavam o agressor.
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