O senador Weverton Rocha
(PDT-MA), que retirou o seu apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do
Ministério da Educação (MEC), estampou as páginas de revistas de escola bíblica
dominical distribuídas em igrejas do Maranhão ligadas a pastores investigados
por atuarem como lobistas da pasta. A denúncia levou à demissão de Milton
Ribeiro do comando do MEC.
Rocha é um dos três senadores
que decidiram recolher o seu apoio à CPI do MEC no Senado. Procurado, o senador
afirmou por meio de sua assessoria: “Não foi iniciativa minha. Foi solicitado
um release da minha assessoria, que foi enviado. Mas não sabia quer era para a
cartilha. Até agradeço o carinho, mas não foi iniciativa minha e não houve
recursos meus nesses cadernos.”
O "release" publicado
no material eclesiástico propagandeia um projeto de lei do parlamentar, que
veda o corte de energia elétrica e água nos fins de semana, e o seu empenho
para conseguir o "menor reajuste possível nas contas de luz em 2021".
O ex-ministro Milton Ribeiro também ganhou um encarte dedicado a ele impresso
na contracapa de Bíblias da instituição, conforme revelou o jornal "O
Estado de S. Paulo". Procurados, Gilmar Santos e Arilton Moura não se
pronunciaram.
Autor do requerimento, o senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) havia anunciado na última sexta-feira que
conseguira os 27 apoios necessários para protocolar o pedido de CPI. Uma
força-tarefa formada por integrantes do Palácio do Planalto e da bancada evangélica,
no entanto, entrou em cena no fim de semana para convencer parlamentares a
voltarem atrás da ideia de criar o colegiado.
Em nota, o senador Weverton
afirmou que o seu bom relacionamento com o segmento evangélico pesou na sua
decisão de não apoiar a CPI. "Tenho ótimas relações com a comunidade
evangélica, inclusive meus pais são evangélicos. Entendo que qualquer denúncia
de corrupção deve ser apurada, mas acredito que em uma CPI neste momento é
tênue a linha entre apuração e criminalização de toda uma comunidade"
escreveu ele.
As revistas que citam o senador
foram distribuídas durante um encontro da Convenção Nacional de Igrejas e
Ministros das Assembleias de Deus no Brasil (CONIMADB) ocorrido no início de
março, em São Luís. O evento, cujo mote era o lançamento da Bíblia "Cura
Divina", foi organizado pelos pastores Gilmar Santos, que é o presidente
da entidade e dono da editora responsável pelo material, e Arilton Moura,
coordenador do núcleo político.
Ao lado de Gilmar, o senador
chegou a parabenizá-lo por "mais uma obra" que ele "oferece a
toda a sociedade", conforme vídeo publicado nas redes sociais.
— O pastor Gilmar, que é
maranhense e já está há quase 40 anos em Goiás, já rodou o mundo e todos os
estados do Brasil pregando a palavra, e São Luís está tendo a honra hoje de
recebê-lo com todos os líderes de sua congregação para participar do lançamento
da Bíblia. Obrigado, pastor, e parabéns por mais uma obra que o senhor oferece
a toda a sociedade — declarou Rocha, que também estava acompanhado do deputado
Cleber Verde (Republicanos-MA). O senador frisou que o encontro com os pastores
foi "breve" e "público".
Convidados pelo Senado a
explicar as denúncias envolvendo o MEC, os dois pastores não compareceram à
Casa na última semana, alegando que já são alvos de investigação sobre as
acusações na esfera criminal.
Isso é um maldito, fez isso com o objetivo de preservar o "eleitorgado" protestante dele !
ResponderExcluirEsse páis merece sofrer !
Parabéns Senador Weverton Rocha (PDT-MA), o senhor tomou a decisão certa, o pastor Gilmar Santos e Igreja Evangélica Assembleia de Deus, vota pela reeleição do Presidente Bolsonaro e sem dúvidas o senhor vai arebanhar milhares votos na comunidade evangélica maranhense em especial em mais de 600 ministérios da igreja Evangélica Assembleia de Deus em todo Maranhão, basta olhar a próxima pesquisa eleitoral,o cenário vai mudar bastante...
ResponderExcluirEsse senador,foi eleito senador na chapa de quem mesmo, com apoio de quem mesmo? Quem esse senador está apoiando para a vaga de senador na próxima eleição?
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