Rádio Voz do Maranhão

domingo, 14 de abril de 2024

Homem que tentou matar namorada com tiro na boca é preso em Vargem Grande

Um homem identificado como Claudenildo Silva Araújo, de 33 anos, foi preso, nesse sábado (13), por policiais civis de Vargem Grande, com apoio da equipe de Itapecuru-Mirim, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, pela prática de tentativa de homicídio qualificado pelo modo que dificultou a defesa da vítima, feminicídio e utilização de arma de fogo de uso restrito.

Na noite da última quinta-feira (11) o investigado efetuou um disparo de arma de fogo contra sua namorada, atingindo-a na região da boca. O caso aconteceu por volta das 22h em uma residência no bairro de Fátima. A vítima precisou ser transferida para São Luís e encontra-se fora de risco.

Segundo o delegado Tiago Castro, após tomar conhecimento dos fatos, a Polícia Civil instaurou um inquérito policial e realizou diligências para apurar o crime, bem como representou pela prisão do agressor, que foi decretada pelo juiz da Comarca após parecer favorável do Ministério Público.

Em menos de 48 horas, foi efetuada a prisão do acusado e também a apreensão da arma de fogo utilizada na ação criminosa, uma pistola Taurus, modelo G3C, calibre 9mm.

Claudenildo foi interrogado na delegacia regional de Itapecuru-Mirim e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário. Já a arma de fogo passará por perícia no Instituto de Criminalística.

3 comentários:

  1. Toda e qualquer forma de violência contra a mulher, seja uma agressão, uma ameaça, intimidação, intolerância, perseguição, autoritarismo, cerceamento de direitos, constrangimento moral ou físico, espancamento, entre outras formas de violência, precisa ser combatida com firmeza e com todo o rigor da lei, pois as consequências de atos violentos nesse caso são graves e dolorosas para as vítimas, podendo em muitos casos levá-las à morte, como não raro vemos nos jornais casos de mulheres assassinadas pelos seus maridos ou companheiros, quase sempre de forma covarde e perversa.

    Por essa razão, aquele que agride uma mulher ou , em casos extremos, mata uma mulher, não pode ficar – em hipótese alguma - impune. Tem que responder criminalmente pelo ato criminoso que cometeu.

    Pela legislação em vigor, o feminicídio é definido como crime de homicídio qualificado, ou seja, não é considerado um crime em si, mas apenas uma circunstância qualificadora do crime de homicídio (art. 121, § 2º, VI, do Código Penal).

    Nesta sexta-feira (11/04), porém, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que transforma o feminicídio em um crime autônomo e aumenta a pena desse crime para até 40 anos de prisão.

    A proposta aprovada será analisada pelas demais comissões e segue depois para o Plenário.

    Uma vez aprovado referido PL, o feminicídio deixará de ser apenas condição qualificadora do homicídio e passa a ser um tipo penal independente, à exemplo do aborto e do infanticídio.

    A violência contra a mulher tem sua origem na tradição patriarcal. Desde os primórdios da história, a mulher foi tratada como objeto de dominação, impedida de expressar livremente a sua vontade e de exercer sua liberdade plena, sendo que essa dominação da mulher pelo homem, em muitos casos, ocorre de forma bastante violenta.

    Importante, portanto, e muito bem-vindo esse projeto de lei que transforma o feminicídio em um crime autônomo, aumentando a pena máxima para até 40 anos de reclusão, entre outras medidas que propõe, como meio de combate à violência contra a mulher.

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  2. J. Cicero Alves, parabéns pelo comentário inteligente e muito pertinente no cenário atual brasileiro. A violência contra a mulher precisa ser combatida!

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  3. Muitas armas e munições liberadas.

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