Um
empresário, identificado como Waldistom dos Santos Oliveira, foi preso, na
última quinta-feira (11), na cidade de Timon, no leste do Maranhão. Ele é
acusado de liderar uma organização criminosa atuante no Maranhão e Piauí e de
participação em um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Além
de Waldistom, um sobrinho dele, identificado como José Fernandes de Oliveira
Neto, também foi preso durante a ação policial, pois contra ele havia um
mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça na comarca de Timon, por
suspeita de participação em um homicídio.
Tio
e sobrinho foram presos por policiais do 11º Batalhão de Polícia Militar, com
apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco)
do Ministério Público do Maranhão (MP-MA).
Além
das prisões, foram apreendidos também cinco aparelhos de celular e cerca de R$
8 mil em espécie.
Contra
Waldistom dos Santos havia três mandados de prisão, dois deles expedidos pelo
Poder Judiciário do Maranhão a pedido do Gaeco. O terceiro mandado foi expedido
pela Justiça Federal após representação da Polícia Federal.
No
dia 26 de abril de 2023, a Polícia Federal realizou a Operação Rota Caipira,
contra o tráfico internacional de drogas, e Waldistom dos Santos foi um dos
alvos, porém ele não foi localizado pelo PF no dia da operação.
Lavagem
de dinheiro
Waldistom
dos Santos, também conhecido como “Maguim”, “Washington Maguim” ou “Maguim da
Modelo”, foi investigado e preso em setembro de 2020, durante a operação
Integração, realizada pelo Gaeco e Polícia Federal. Em junho de 2021, foi
novamente preso durante as operações Mormaço e Hesíodo, realizadas pelo Gaeco e
Polícia Federal.
A
"Operação Mormaço", realizada em 10 de junho de 2021, teve como
objetivo desarticular uma facção com atuação interestadual no Maranhão e Piauí.
Segundo
o MP-MA, as investigações foram iniciadas em 2020 e mostraram que a organização
criminosa tinha um sistema de lavagem de dinheiro sofisticado, com a utilização
de empresas para o escoamento dos valores resultantes de negócios com drogas
ilícitas, armas de fogos, veículos e peças de automóveis, além de outras
atividades.
Ainda
segundo o MP, por meio de alguns investigados e de pessoas ligadas a eles, o
dinheiro era aplicado em agências de veículos, arenas esportivas e aquisição de
imóveis, além de outros segmentos empresariais. Essa manobra financeira tinha a
clara intenção de dificultar o rastreamento dos valores.
Após
representação formulada pelo Gaeco maranhense, a 1ª Vara Criminal do Termo
Judiciário de São Luis-MA determinou o sequestro de bens móveis e imóveis avaliados
em aproximadamente R$8 milhões, além de bloqueio de ativos financeiros
diversos.
Ainda
conforme as investigações foi possível detectar movimentações de ativos dos
investigados que chegaram próximo aos R$90 milhões.
Infelizmente, a cada dia que passa, proliferam-se atividades de facções ligadas sobretudo ao tráfico de drogas, contrabando, roubo de cargas, lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas, levando medo e insegurança à população, que acaba se tornando refém da ação dessas organizações que atuam em todo o país.
ResponderExcluirO fato é que, seja no Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo ou em qualquer outro estado, o aumento das atividades de facções criminosas em geral resulta sobretudo da falta de leis penais mais duras e inflexíveis, bem como de maiores investimentos no fortalecimento e ampliação da estrutura e gestão do sistema penitenciário brasileiro como um todo.
O sistema de justiça criminal brasileiro será tanto mais produtivo e eficaz, quanto mais rigoroso e efetivo for o combate à criminalidade no país.
Parabéns à Polícia Militar e ao Ministério Público do Maranhão pelo êxito dessa ação que resultou na prisão dos acusados.
E essas milícias ganharam muita força e status durante o desgoverno do maior líder miliciano que o Braisl passou a conhecer de 2019 a outubro de 2022. Por isso, cadeia nesses bandidos
ResponderExcluirNo desgoverno houve proliferação dessas milícias.
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