O
prefeito do município maranhense de Carolina, o médico Erivelton Teixeira
Neves, e o vereador Lindomar da Silva Nascimento, ambos do PL, enfrentarão um
julgamento popular sob acusação de dopar e provocar aborto em uma gestante sem
consentimento em um motel localizado às margens da rodovia TO-201, no
Tocantins, em março de 2017.
A
decisão, proferida nessa quarta-feira, 19, pelo juiz da 2ª Vara de Augustinópolis,
Alan Ide Ribeiro da Silva, confirma a materialidade e autoria do crime ocorrido
em 2017, mas que só veio à tona em abril de 2023 após a vítima denunciar que
mantinha um relacionamento extraconjugal com Dr. Erivelton. Na ocasião,
Lindomar era motorista do prefeito e teve participação no aborto.
No
inquérito policial de 2019 consta como prova um exame Beta HCG que atesta a
gravidez da vítima, além de depoimentos de testemunhas. Os réus também
confirmaram que estavam na cidade e viram a vítima com sangramento na região
vaginal, levaram-na ao hospital, mas não prestaram assistência.
Sobre
o crime
A
vítima narrou que manteve um relacionamento de idas e voltas com o prefeito de
Carolina e que teria descoberto posteriormente que o político era casado. Ainda
assim reatou a relação em novembro de 2016 e gravidez foi descoberta cerca de
cinco meses depois.
Na
denúncia, a gestante afirmou que na manhã do dia 2 de março de 2017, Erivelton
foi buscá-la em casa, acompanhado do motorista e vereador Lindomar, dizendo que
a submeteria a um exame com um aparelho de ultrassonografia portátil e a levou
para um motel.
No
local, a vítima disse que após o exame e a confirmação da gravidez, o prefeito
médico lhe aplicou um sedativo dizendo que seria um exame de sangue e a deixou
inconsciente, e que nesse momento realizou a curetagem sem o consentimento
dela. À tarde, após passada a sedação, a mulher foi levada para casa dela de
onde afirma que Dr. Erivelton levou o exame de sangue que confirmava a gravidez
e o cartão de gestante.
O
inquérito policial teve acesso a mensagens entre a vítima e o motorista do
prefeito, que mediava as conversas entre o casal. Um diálogo entre os dois
mostra que de fato houve a prática do aborto sem o consentimento da mulher que
só denunciou o caso anos depois.
Além
da decisão de mandar o vereador Lindomar e o prefeito Dr. Erivelton para o
banco dos réus, a Justiça solicitou a apuração de possível infração disciplinar
por parte dos advogados do médico e determinou o envio do material ao Tribunal
de Ética da OAB/TO. Também encaminhou a documentação à Comissão da Mulher da
Ordem dos Advogados do Brasil Nacional, para assessorar a vítima em relação aos
seus interesses ligados à honra.
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Eles são do PL? Esses direitopatas não são defensores da família?
ResponderExcluirRapaz, esses direitiopatas não passam de bandidos disfarçados de falsos moralistas. Na verdade, não passam de mentirosos terroristas. Cadeia em todos do PL- partido de ladroes
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