O promotor Maurício Verdejo foi filmado recebendo propina das mãos do empresário |
A Polícia Federal e o Ministério Público do
Piauí deflagraram operação, nessa quarta-feira (7), para cumprir mandado de
busca e apreensão, na cidade de Teresina (PI), contra um promotor de Justiça Maurício
Verdejo Gonçalves Júnior, suspeito de exigir R$ 3 milhões em dinheiro para
arquivar investigação contra o empresário o empresário Junno Pinheiro.
De acordo com a Operação Iscariotes, a vítima
procurou o plantão da Polícia Federal e relatou que havia sido abordada pelo
promotor de Justiça em um restaurante, ocasião em que o investigado teria dado
o prazo de poucos dias para que a vítima pagasse expressiva quantia a fim de
não ser mais investigada.
Como trata-se de investigado com prerrogativa
em razão da função pública, o fato foi comunicado ao procurador-geral de
Justiça do Piauí, a quem cabe investigar membros do Ministério Público, que
solicitou a cooperação da Polícia Federal, tendo em vista que a entrega do
dinheiro era iminente.
Empresário Junno responde a vários processos |
Após seguidos dias de diligências, a equipe de
investigação confirmou o teor dos relatos da vítima e conseguiu, inclusive,
registrar o recebimento de parte do montante pelo investigado.
Diante da representação ministerial, o
Tribunal de Justiça do Piauí expediu mandado de busca e apreensão contra o
promotor.
Comprovados os fatos sob investigação, o
agente público poderá responder pelo crime de concussão, que consiste na
conduta de exigir, para si ou outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
O nome da operação faz referência a Judas
Iscariotes, em razão do agente público, incumbido da função de fiscal da lei,
ter traído a confiança nele depositada pelo Estado e pela instituição.
Leia nota na do Ministério Público do Piauí:
“O Ministério Público do Estado Piauí se
manifesta perante a sociedade piauiense acerca da Operação Iscariotes,
realizada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (7/8), e que
resultou no cumprimento de mandado de busca e apreensão em desfavor de um
promotor de Justiça.
A Subprocuradoria-Geral de Justiça Jurídica,
órgão do MPPI, no exercício das suas atribuições processuais de investigação
dos membros da instituição, informa que solicitou a cooperação da Polícia
Federal diante dos indícios de que o Promotor de Justiça havia pleiteado
vantagem indevida para sustar procedimento criminal.
O Ministério Público reafirma seu papel de
instituição que representa os interesses sociais, a integridade na
Administração Pública e o combate ao crime e à corrupção, trabalhando de forma
imparcial pela promoção da Justiça.
O próprio Ministério Público remeteu
representação ao Tribunal de Justiça, que expediu o mandado de busca e
apreensão, devidamente cumprido.
O MPPI prosseguirá cumprindo seus deveres e
atribuições. Independentemente do investigado, o compromisso da instituição é
com a Justiça.”
Eita se a PF fosse solicitada para cooperar em investigações para prender inúmeros judas que existem no MP, no Judiciário e nas polícias civis e Militar do Maranhão, não iria ter árvore suficiente para segurar a corda do pescoço de tantos traidores da população, que ocupam cargos públicos nessas instituições.
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