Vigilante que matou homem em petshop é condenado a quatro anos de prisão em São Luís

O vigilante e auxiliar penitenciário Edson Guedes foi condenado a quatro anos de prisão pelo assassinato do corretor de imóveis e professor de educação física Dino Márcio, de 47 anos.

A pena será cumprida em regime aberto após julgamento realizado no dia 6 de dezembro deste ano, mais de dois anos após o crime.

O CRIME E O JULGAMENTO

O homicídio aconteceu no dia 9 de maio de 2022, no estacionamento de um petshop localizado na Avenida Daniel de La Touche, em São Luís.

Segundo as investigações, Dino Márcio foi ao local para trocar um produto quando iniciou uma discussão com o vigilante.

Durante o desentendimento, Edson sacou uma arma e disparou três tiros contra a vítima – um no peito e dois nas costas. Dino foi socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Dois dias após o ocorrido, Edson se entregou à polícia e chegou a ser preso na Penitenciária de Pedrinhas enquanto aguardava julgamento.

O Ministério Público classificou o caso como homicídio simples, levando o réu a júri popular.

Durante o julgamento, Edson confessou ser o autor dos disparos. No entanto, a condenação final foi por homicídio privilegiado, justificando que o réu teria agido sob forte emoção devido a provocações da vítima.

Essa circunstância serviu como atenuante para redução da pena.

DECISÃO JUDICIAL

O juiz Gilberto de Moura Lima, presidente do 1º Tribunal do Júri de São Luís, fixou inicialmente a pena em seis anos de prisão por homicídio simples.

Contudo, ao considerar a confissão de Edson e as alegações de “forte emoção”, a pena foi reduzida em um terço, totalizando quatro anos em regime aberto.

“Revelam os autos que o acusado é um cidadão de bem, trabalhador, pai de família, sem nenhuma mácula que venha desabonar a sua conduta, de modo que os fatos narrados nos autos foi um desatino isolado na sua vida, tudo em decorrência das graves ofensas e provocações da vítima, motivo pelo qual entendo como razoável e eficaz seja a pena reduzida em seu máximo legal permitido, ou seja, em 1/3 (um terço)”, afirmou o magistrado.

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