Foi preso em
Paulino Neves, nessa quinta-feira (9), o suspeito de matar a própria companheira
no bairro São Raimundo, em São José de Ribamar. O caso foi o primeiro registro
de feminicídio no Maranhão de 2025.
O caso
aconteceu no dia 4 de janeiro, por volta das 20h, na casa da vítima. O suspeito
do crime que vitimou Francinete de Souza da Silva, de 31 anos, foi identificado
como Albertine Santos Galvão, companheiro da vítima.
Após o crime,
Albertine fugiu da residência levando o dinheiro do seguro-desemprego da vítima
e seu celular, segundo a polícia. O corpo da vítima foi encontrado pela família
no dia 6 de janeiro. O casal mantinha um relacionamento há seis meses.
Pelas informações da polícia, ele pretendia fugir para o estado de São Paulo.
A delegada
Wanda Moura, chefe do Departamento de Feminicídio do Maranhão, afirmou que a
vítima vivia um relacionamento abusivo.
“Segundo a
família, era um relacionamento abusivo. Ele inclusive tinha bloqueado toda a
família dela nas redes sociais, como WhatsApp e Facebook. Isso é muito típico
em relacionamentos abusivos: o homem agressor tenta isolar a vítima de seus
contatos familiares e amigos para que ela não tenha uma rede de apoio nos casos
de violência sofrida e não consiga denunciar. Quanto mais isolada a mulher,
mais vulnerável ela se torna e mais fácil fica para o agressor”, explicou a
delegada.
Francinete não
possuía registro contra o agressor na polícia e não havia solicitado medida
protetiva.
Indígena morta
Um dos
episódios mais recentes foi o assassinato da indígena Deusiana Ventura
Guajajara, de 28 anos. Segundo a polícia, o suspeito do crime é Evaldo Bezerra
da Cunha Silva, de 39 anos, companheiro da vítima, que fugiu após o crime.
Outros casos
Além deste
caso, outras três tentativas de feminicídio foram registradas no interior do
estado, nos municípios de Araguanã, Cândido Mendes e Amarante. Em um desses
casos, uma mulher foi atingida por um tiro disparado pelo próprio companheiro
após uma discussão. O agressor foi preso em flagrante e a vítima foi levada ao
hospital para cirurgia, permanecendoa em estado grave.
De acordo com a
Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), o Maranhão
contabilizou 69 casos de feminicídio em 2024.
Desde a criação
do Departamento de Feminicídio no Maranhão, há oito anos, os anos de 2022 e
2024 foram os mais críticos, 69 casos registrados em cada ano. Já em 2023, 50
casos.
Para a delegada
Wanda Moura, é crucial reforçar os cuidados e as orientações sobre a violência
contra a mulher.
“Não há
segurança para a mulher que vive em um relacionamento abusivo. Ela deve
procurar o quanto antes a delegacia mais próxima para denunciar as violências
sofridas e solicitar medida protetiva de urgência. A partir da intervenção
estatal, essa violência pode ser interrompida e conseguimos evitar novos
feminicídios”, afirma a delegada.
Poxa não houve um confronto mas na cadeia autor de feminicidio tdm que ser tratado igual estuprador.
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