Em
entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, ministro do Supremo admitiu
'inimizade capital' entre ele e colega da Corte
Lucas Rivas, de Porto Alegre
Desafeto do ministro Gilmar Mendes no
Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello tornou pública a antipatia
pelo colega da Corte nesta quarta-feira, 6, em entrevista à Rádio Guaíba, de
Porto Alegre. Segundo Marco Aurélio, existe uma ‘inimizade capital’ entre ele e
Gilmar.
“Em relação a mim ele passou de todos os
limites inimagináveis. Caso estivéssemos no século XVIII, o embate acabaria em
duelo e eu escolheria uma arma de fogo, não uma arma branca”, disparou.
Marco Aurélio preferiu não comentar a
declaração de Gilmar, que considerou o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, um “delinquente” em meio ao processo envolvendo a delação premiada de
executivos da JBS. “Eu não me pronuncio, não sou censor do ministro Gilmar
Mendes”, disse à Rádio Guaíba.
No âmbito da Lava Jato, o ministro Maro
Aurélio traçou um paralelo com o caso envolvendo a mala de R$ 500 mil do
ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) com os R$ 51 milhões localizados no
bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima
(PMDB). “É uma malinha de mão, sem dúvida. É algo inimaginável.”
Ainda sobre as ações da Polícia Federal,
Marco Aurélio adverte que ‘as mazelas e os desvios de conduta não são mais
escamoteados’.
“O homem público, antes de cometer
qualquer deslize, vai pensar mil vezes, ao pensar que a Polícia Federal, o
Ministério Público e a magistratura estão funcionando”, concluiu.
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