Documentos da Justiça Federal,
elaborados com base nos dados das investigações da polícia, apontam que a
‘folha complementar’ usada para distribuir benesses aos apadrinhados políticos
foi implantada na gestão de Ricardo Murad à frente da Secretaria de Estado da
Saúde (SES).
O principal foco da investigação diz
respeito à contratação de pessoas ou como ‘fantasmas’ ou com salários acima do
normal em uma ‘folha complementar’ feita em especial nas organizações ICN e Bem
Viver.
Segundo o documento, a elaboração da
‘folha complementar’ ocorreu desde o começo da gestão de Murad, conforme
demonstram os diversos e-mails enviados e recebidos por Chisleane Gomes
Marques, Karina Mônica Braga Aguiar e Bernadete de Lourdes Veiga Ferreira, que
ocupava o cargo de superintendente de Acompanhamento à Rede de Serviços de
Saúde na gestão de Ricardo Murad.
Nos e-mails, Karina descreve como
operacionalizava o esquema de pagamentos extras aos apadrinhados políticos da
oligarquia. O próprio delegado Wedson Cajé chega a dizer em seu relatório que
“o esquema de pagamentos extras de pessoal não era uma novidade”.
Na peça, o delegado evidencia o diálogo
entre Bernadete de Lourdes e Karina Mônica que atuava como gerente
administrativa da OSCIP Bem Viver. Nele, a superintendente de Acompanhamento à
Rede de Serviços de Saúde na gestão de Murad pede aos institutos ICN e Bem
Viver que informem a relação dos colaboradores que estão com o ponto
‘liberado’.
O e-mail de ‘levantamento de pessoal da
Rede’ foi enviado no dia 10 de setembro de 2014 ainda na madrugada e pede
‘celeridade’ na divulgação das informações solicitadas. (veja documento acima)
As investigações sobre desvio de verba
da saúde foram iniciadas em 2010 e resultaram na deflagração da operação em
novembro de 2015, quando várias pessoas foram presas por desvios de verbas da
saúde pública no Maranhão, no período de 2010 a 2013.
Na época, até o ex-secretário de Saúde
do Maranhão, Ricardo Murad foi conduzido coercitivamente pelo esquema adotado
em sua gestão da saúde pública.
Caro Gilberto, todos nós sabemos que Ricardo Murad tinha tambem esse tipo de comportamento. O que não se admite é que um governo de mudança continue com as mesmas práticas do governo anterior, Isso é que está sendo questionado. Cadê o governador que não demite o secretário de saúde por saber e se omitir? É esse o X da questão
ResponderExcluirO importante é que ajustes são feitos permanente, Até aqui, o governo não tem varrido sujeira para debaixo do tapete. Paulatinamente esses esquemas montados no passados estão sendo desfeitos. O secretário tem feito um esforço para moralizar a pasta da Saúde. O ideal é que o Estado acabe com todas as terceirizações e entregue toda a gestão para a EMSEH. Esse modelo de terceirização interessa, principalmente a políticos que costumam indicar apadrinhados. Para eliminar esses privilégios, o governo tem apostado nos seletivos para contratação para as unidades de saúde.
ResponderExcluirMelhorou tanto que a atua diretora geral do hospital Djalma Marques(socorrao 1) é a citada aí em cima.
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