O líder da quadrilha que aplicava golpes
clonando Whatsapp, principalmente de políticos, foi identificado como Leonel
Silva Pires Júnior. Ele e mais três
suspeitos foram presos, nesta terça-feira (17), durante uma operação da Polícia Federal em conjunto com
a Polícia Civil do Maranhão e do Paraná.
Uma das vítimas do estelionatário foi o
deputado estadual Adriano Sarney, que chegou a depositar R$ 70 mil em contas da
quadrilha.
“O Leonel fez várias vítimas como, por
exemplo, o deputado Adriano Sarney. Os mandados que estamos cumprindo aqui teve
como vítima a pessoa do Adriano Sarney, que depositou 70 mil reais em contas
fraudulentas para o Leonel e para os seus comparsas”, afirmou o delegado Odilardo Muniz, chefe do Departamento de Combate a Crimes
Tecnológicos da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
De acordo com o delegado, Leonel também usou
a sua empresa para realizar os golpes.
“Leonel utilizou a sua empresa para
conseguir chips para justamente trocar esses chips. Ele cancelava o chip real e
resgatava no chip normal. Dos 120 chips que ele tinha, que a sua empresa
faturou, 79 foram utilizados para golpes só na operadora Vivo”.
Leonel já havia sido indiciado em 2016
por ser o líder de uma quadrilha que aplicava golpes por meio do whatsapp.
“Em 2016 ele foi indiciado pela Seic por
participar de uma quadrilha do whatsapp, onde ele era o cabeça e não foi preso
porque se evadiu do local. Ele conseguiu o habeas corpus e respondeu em liberdade.
Leonel já tem um processo de 2016 com o mesmo delito e agora duas prisões,
tanto na federal como na estadual”, revelou o delegado.
Foram presos Leonel Silva
Pires Júnior, Ana Lúcia Miranda Rocha, Marksuel Pereira de Sousa e Thatielle
Cristina Cordeiro Silva. Estão foragidos
Erick Raphael Reis Teixeira, Eloah Christina Araújo Machado, Ivanilde
Nogueira Amaral e Rudson Januário Serra.
Após ser interrogado na sede da PF em São Luís, Leonel Silva Pires Júnior foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital.
Os outros três presos foram interrogados na Polícia Civil e
encaminhados para a penitenciária.
Operação
Swindle
Na operação desta terça, batizada de
Swindle, que significa "fraude" em inglês, policiais cumpriram cinco
mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva no Maranhão
e em Mato Grosso do Sul. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em
Brasília.
De acordo com investigadores, com os
números clonados, os agentes criminosos usavam contas de WhatsApp de
autoridades públicas e solicitavam transferências bancárias das pessoas da
lista de contatos do telefone alvo de fraude. A polícia investiga os crimes de
invasão de dispositivo informático, estelionato e associação criminosa.
A ação policial deflagrada em São Luís, nesta terça-feira (17), é desdobramento de um pedido de investigação que partiu
de ministros do governo Michel Temer depois de terem telefones celulares
clonados.
Em março deste ano, os ministros Eliseu
Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e o ex-ministro
Osmar Terra (Desenvolvimento Social), todos do MDB, tiveram os telefones
fraudados e pediram investigação policial sobre o caso.
Segundo os relatos dos ministros,
mensagens foram enviadas aos contatos deles por meio do aplicativo WhatsApp com
pedidos de depósitos bancários. No total, cerca de 20 deputados estaduais e
federais, ministros do governo federal e até a governadora do Paraná, Maria
Aparecida Borghetti, foi alvo da quadrilha.
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