A segunda-feira foi marcada pela realização de várias oficinas, tanto no Fórum das Águas como no V Cultivando Água Boa, um programa desenvolvido pela Itaipu Binacional em conjunto com diversos municípios. Eu acompanhei de perto a oficina sobre “Gestão de Resíduos e Inclusão social – Coleta Solidária”. A maioria dos participantes é de representantes dos catadores e de órgãos municipais. Foi uma oportunidade de ver que catadores de diversos municípios estão reunidos em cooperativas e têm um papel fundamental na coleta seletivo do lixo.
Foi informado que o município de Foz do Iguaçu acaba de firmar convênio com a Alemanha, no valor de 8 milhões de reais, para implantar uma usina de biogás, que vai transformar a biomassa em energia. Os catadores serão sócios-majoritários dessa iniciativa, através de cooperativas.
O governo do Estado do Paraná também tem projeto para implantar usinas de biogás, através da SANEPAR. A luta do movimento de catadores é para que eles não sejam alijados desse projeto. Por outro lado, o governo já determinou que as empresas produtoras de embalagens plásticas descartáveis sejam responsáveis pela coleta desse material. Essas empresas seriam obrigadas a contratar catadores, cooperativados ou não, para fazer esse trabalho.
O presidente do Movimento Nacional de Catadores Recicláveis, Luiz Henrique, afirmou que não existe política pública que beneficie os catadores e que o problema maior é a privatização do setor de resíduos sólidos. “São essas empresas, privilegiadas pelo poder público, que mais doam recursos para campanhas eleitorais”, enfatizou Henrique. Ele disse ainda que é preciso garantir a sustentabilidade do negócio das cooperativas de catadores com remuneração justa. Nesta terça-feira, os trabalhos terão prosseguimento nas mais diversas oficinas.
LEONARDO BOFF COMANDOU OFICINA SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Aproveitei a oportunidade para adquirir o livro “A voz do arco-íris”, que foi autografado por Boff. O livro apresenta um amplo estudo sobre as raízes da sociedade brasileira e as conseqüências que precisamos enfrentar após séculos de uma ordem social equivocada, injusta e excludente. O teólogo discute questões polêmicas, como racismo, violência, criminalidade, justiça, liberdade e libertação, e faz um importante alerta: os povos e nações devem redirecionar seu caminho a um porto mais seguro e humano.
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