Foto: Jackson Lago e os presidentes Evo Morales, Fernando Lugo, Rafael Correa, Hugo Chaves e o líder do MST, João Pedro StédileO governador Jackson Lago participou nesta quinta-feira (29), em Belém, do Fórum Social Mundial 2009 (FMS), que acontece até 01 de fevereiro na capital paraense. Ao lado dos chefes de estado de quatro países da América Latina, o governador maranhense defendeu a integração entre os povos para o enfrentamento da crise financeira internacional e o desenvolvimento social.
O encontro aconteceu no início desta quinta-feira no ginásio de esportes da Universidade Estadual do Pará. Mais de 1200 representantes do Movimento Sem Terra (MST) e Via Campesina participaram do ato. O principal objetivo do evento foi a definição de estratégias de integração entre os movimentos sociais da América Latina, com foco no desenvolvimento social. Entre as autoridades presentes estavam o presidente da Venezuela, Hugo Chaves; do Equador, Rafael Correa; do Paraguai, Fernando Lugo, e Evo Morales, da Bolívia, além do presidente nacional do MST, João Pedro Stédile.
O presidente do MST, João Pedro Stédile, destacou que no Brasil o estado do Maranhão já iniciou um novo modelo de desenvolvimento focado na educação. Segundo ele, Jackson Lago foi o precursor na luta contra o analfabetismo ao lançar o Plano de Alfabetização Educadora do Maranhão. O plano tem como meta alfabetizar 769.886 jovens, adultos e idosos em situação de analfabetismo nos 217 municípios maranhenses até 2011.
O encontro teve início com a manifestação de lideranças sociais defendendo a parceria contra a crise financeira internacional e outros desajustes provocados pelo sistema capitalista. O primeiro pronunciamento foi do presidente do Equador, Rafael Correa. O chefe de estado destacou a importância da integração entre os povos latinos, sendo esta a única saída para evitar o caos social, já evidenciada no Brasil com a demissão de trabalhadores em mineradoras e multinacionais. Correa também enfatizou a relação estreita entre os governos do Brasil e do Equador.
Da mesma forma Fernando Lugo, do Paraguai, ressaltou a importância dos países latino-americanos defenderem uma estratégia comum para o enfrentamento da crise. Segundo ele, o Fórum Social Mundial é o espaço mais adequado para se discutir a crise, já que reúne representantes de diversas partes do mundo, unidos no desafio de promover um mundo melhor. Nesse público, Lugo incluiu os cinco presidentes latino- americanos que estão no Pará para participarem do FSM.
Evo Morales, da Bolívia, atribuiu aos movimentos sociais, campesinos e de mulheres a possibilidade de liderarem a mudança no modelo de desenvolvimento da América Latina. Segundo ele, os governos progressistas estão convencidos que somente a luta dos movimentos sociais poderá garantir uma troca contínua na região. Por fim, Morales também ressaltou que foram os movimentos sociais que o fizeram chegar a presidência da Bolívia, assim como os demais presidentes que participam do FSM.
O presidente da Venezuela, Hugo Chaves, comparou o FSM a maior assembléia da humanidade, maior expressão dos atores emergentes que clamam por um mundo melhor. Assim como os demais presidentes Chaves defendeu a união política dos países latinos tanto para o enfrentamento da crise quanto para o desenvolvimento de estratégias voltadas para melhorar a qualidade de vida da maioria da população.
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