sábado, 28 de março de 2009

CLIMA DE TERROR NO SENADO

Jornalista Adriana Vasconcelos
Blog Diário de uma Repórter
Diante da avalanche de denúncias que atingiram o Senado, o clima na Casa é de terror. Entre os senadores, os servidores e até mesmo jornalistas. Ao chegar para trabalhar, tenho sido constantemente abordada por servidores. Uns para reclamar que se sentem injustiçados, o que é compreensível entre aqueles que realmente trabalham e nunca compactuaram com as irregularidades que agora são reveladas. Outros para contar das falcatruas que presenciaram. Um terceiro grupo para tentar saber o rumo do noticiário do dia seguinte. Assim como os senadores e alguns servidores com cargo de chefia, nós, jornalistas, também passamos a ser monitorados quase o tempo todo.
As demandas por informações oficiais ou esclarecimentos sobre denúncias que recebemos contra o Senado — que agora devem ser feitas por escrito e enviadas por email para a Secretaria de Comunicação — rapidamente são difundidas pela Casa. A ponto de um segurança da instituição me abordar esta semana para contar que sabia o assunto que eu estava investigando. Esse ambiente pesado só deverá começar a desanuviar quando o Senado definitivamente abrir sua caixa preta. Mais uma vez o destino coloca um desafio nas mãos do senador José Sarney (PMDB-AP), atual presidente da instituição. Ninguém esperava que esse processo fosse iniciar numa gestão sua.

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