A Companhia Barrica, muita ligada aos esquemas do grupo Sarney, constesta o nome dado pela Polícia Federal à operação que investiga uma possível organização criminosa comandada por Fernando Sarney. Jornais de todo o país publicam matérias relativas às investigações desde o ano passado. Em nota distribuída à imprensa nesta sexta-feira, a Companhia Barrica cobra da União nta de esclarecimento sobre a desvinculação do nome da companhia atribuído a uma investigação da PF. Cita que o nome vem sendo exaustivamente usado pelo Jornal Pequeno. Na verdade, os maiores veículos de comunicação têm divulgado matérias sobre a operação, como a que segue, publicada pela Folha online, quando começaram a sair as primeiras informações sobre a operação Boi Barrica. Confira:
Folha online
07/10/2008
Tarso negou, porém, que a PF tenha agido politicamente para prejudicar o senador José Sarney (PMDB-AP), pai de Fernando. "Não há nenhum uso político da PF. Tanto é verdade que não foi a Polícia Federal que divulgou essas informações. Eu determinei que formalmente se fizesse um inquérito. Não vou mencionar o nome de ninguém que está envolvido porque está em segredo de Justiça", afirmou.
Segundo o ministro, o vazamento de informações ocorreu no envio do processo para o Ministério Público. "Quando foi para o Ministério Público, para o âmbito do Judiciário, o processo vazou, e vazou ilegalmente. Então, a PF está investigando para ver quem fez esse vazamento. Quanto ao conteúdo do inquérito, como este em segredo de Justiça, eu não posso comentá-lo e ele não deveria ter sido divulgado por quem o fez."
Reportagem publicada pela Folha no último sábado revela que a Polícia Federal do Maranhão acusa o empresário Fernando Sarney de tráfico de influência no Ministério de Minas e Energia e nas estatais associadas, como Eletrobrás e Eletronorte, além da Caixa Econômica Federal, para favorecer negócios privados.
O ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau é apontado pela PF como integrante ativo do esquema. Lobão também é citado como alvo de influência, mas negou hoje que mantenha relações com o empresário. Segundo a reportagem, a PF aponta no relatório da Operação Boi Barrica um diálogo entre Teresa Sarney e uma mulher não identificada como um dos principais indícios de que a família do empresário Fernando Sarney utilizou uma factoring para formar caixa dois supostamente empregado na campanha de 2006.
De propriedade de Teresa, mulher de Fernando, a São Luiz Factoring não tem nenhum empregado registrado nem linha telefônica, mas movimentou R$ 11,6 milhões naquele ano. Fernando é irmão da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) e do deputado Sarney Filho (PV-MA).
A suspeita dos policiais é que o dinheiro do suposto caixa dois tenha sido usado na campanha de Roseana ao governo do Estado, quando disputou e perdeu a eleição para Jackson Lago (PDT). Na sexta-feira, Fernando Sarney disse ser um homem do setor privado e atribuiu as acusações a "interesses políticos".
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Confira a nota da Companhia Barrica, divulgada nesta sexta-feira
São Luís, 13 de março de 2009.
Equiô!
Comunicamos a todos que já existe uma decisão da Justiça Federal do Maranhão, de 04 de março do corrente ano, determinando que, no prazo de 15 dias, a União publique nota de esclarecimento sobre a desvinculação do nome atribuído a uma investigação deflagrada pela Polícia Federal, aqui no Maranhão, e o nosso grupo junino BOI BARRICA, mencionando inclusive a alteração do apelido da referida operação policial.
O alto grau de exposição negativa a que a marca BOI BARRICA, construída há mais de 23 anos, está sendo submetida e a sua injustificada utilização por parte da mídia nacional e, de forma irresponsável e inconseqüente, pelo Jornal Pequeno nos fazem solicitar a todos que divulguem esta decisão judicial para amenizar o irreparável desserviço prestado às nossas tradições culturais brasileiras.
Vejam a verdadeira Ópera Ação Boi Barrica, no portal: www.ciabarrica.com.br
Aos Santos Juninos,
José Pereira Godão
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