sexta-feira, 3 de julho de 2009

DEPOIS DE ENCONTRO COM LULA, SARNEY SE FORTALECE PARA PERMANECER NO COMANDO DO SENADO

O senador José Sarney saiu fortalecido do encontro com o presidente Lula que, ontem, tentou enquadrar os senadores petistas. No encontro de quase duas horas o presidente do Senado, disse a Lula que não pretende renunciar ao cargo. De quebra, ganhou declarações de apoio da Ministra Dilma Roussef, pré-candidata à presidência. O PT entende que Sarney está sendo fustigado, principalmente pelo PSDB, por ser aliado de primeira hora do presidente Lula. Os petistas sabem que uma renúncia de Sarney representa um risco grande de perder o comando do Congresso, fortalecendo o projeto de poder dos tucanos.

Segundo a Folha online, após a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recebeu parentes e aliados em sua casa no Lago Sul --área mais nobre de Brasília--, que hoje serviu de argumento para reforçar os pedidos de seu afastamento do cargo por não ter sido declarada à Justiça Eleitoral. Aos interlocutores, Sarney disse que sua permanência no cargo é questão de "aritmética".

Sarney avalia que, mesmo com a ofensiva do DEM, PSDB, PDT e PSOL --que cobram seu afastamento--, conta com o apoio de 55 dos 81 senadores da Casa. O peemedebista afirma que tem prestígio entre os colegas e que se não tivesse esse respaldo não insistiria em ficar à frente dos trabalhos.

O presidente do Senado deve ficar o fim de semana em Brasília. A governadora licenciada do Maranhão, Roseana Sarney, esteve com o pai durante todo o dia e retorna amanhã ao Estado.

Apesar da pressão de vários senadores para que Sarney se afaste temporariamente da presidência, a expectativa de senadores ligados ao peemedebista é que as denúncias comecem a reduzir gradativamente --o que lhe daria fôlego para permanecer no cargo. Aliados dizem que será decisivo para a sustentação de Sarney o posicionamento final do PT, que se reúne na terça-feira.

Senadores ligados a Sarney consideram ainda que o calendário vai agir em favor do peemedebista e, mesmo que ele se torne efetivamente alvo de representações por quebra de decoro parlamentar, o recesso parlamentar deve esfriar as denúncias.

Sarney recebeu hoje um apoio público de peso. A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) saiu em sua defesa e do fortalecimento das instituições. "Temos garantir que o Senado, como instituição, se aperfeiçoe. Ela também criticou a prática de "achar que sempre que pega uma pessoa e joga aos leões, você está no caminho de solucionar as questões éticas."

Na conversa com o presidente Lula, disse que não pretende se licenciar nem renunciar à presidência do Senado. Lula, por sua vez, manifestou apoio a Sarney e disse que também entendia que não havia necessidade de saída do peemedebista do cargo. Um aliado de Lula afirmou que o presidente afirmou que as denúncias não justificam "movimentos arriscados".

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