quarta-feira, 1 de julho de 2009

DO BLOG DO JOSIAS: LULA ANTECIPA VOLTA E TENTA EVITAR RENÚNCIA DE SARNEY


Informado de que José Sarney decidiu renunciar à presidência do Senado, Lula antecipou o horário de sua volta ao Brasil.

Inicialmente, o retorno do presidente, em viagem à Líbia, estava pevisto para as 23h. Foi abreviado em duas horas.

O AeroLula deve pousar na Base Aérea de Brasília por volta das 21h. O presidente mandou dizer a Sarney que deseja conversar com ele ainda nesta quarta (1).


Deseja convencê-lo a desistir da idéia de renúncia. À tarde, Sarney informara ao Planalto que sua decisão estava tomada. Daí a pressa de Lula.


Sarney flerta com a fuga desde a véspera. Em reunião com senadores tucanos, dissera que o Senado tornara-se uma Casa “inadministrável”.


Abandonado pelo DEM e fustigado pelo PSDB, o morubixaba do PMDB voltou suas atenções para a reunião que o PT realizou na noite passada.


Conforme já noticiado aqui, sete dos 12 senadores petistas defenderam a tese de que Sarney deveria se licenciar do cargo.


Eis os nomes dos petistas que se posicionaram a favor do afastamento: Eduardo Suplicy (SP), Marina Silva (AC), Tião Viana (AC)...


Augusto Botelho (AP), Flávio Arns (PR), Paulo Paim (RS) e Fátima Cleide (RO).

Na manhã desta quarta, Aloizio Mercadante, líder do PT, e Ideli Salvatti, líder de Lula no Senado, foram à casa de Sarney. Deram-lhe a má notícia.


Disseam a Sarney que a maioria do petismo queria a licença dele. Mais: o partido queria que fosse constituído um grupo suprapartidário para reformar o Senado.


Sarney respondeu que não pediria licença. Ou o PT lhe dava apoio ou deixaria o cargo em definitivo.


No início da tarde, Mercadante convocou a bancada para nova reunião, dessa vez com a presença do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP).


Mercadante relatou o teor da resposta de Sarney. Berzoini defendeu o apoio da bancada ao presidente do Senado, em nome da governabilidade.


Delcídio Amaral, ausente na reunião da noite anterior, fez uma enfática defesa de Sarney. Foi ecoado por Ideli Salvatti.


Ideli repisou a tecla de que Sarney não é o único culpado pelas mazelas do Senado.

A certa altura, a líder de Lula disse que, a prevalecer o rigor, também o líder do PSDB, Arthur Virgílio, deveria ser levado ao Conselho de Ética. disse que, sacrificando-se Sarney, e a idéia era a de impor sacrifícios a Sarney. para sacrificar Sarney,


Produziu-se um consenso entre os senadores do PT: a queda de Sarney causará inevitáveis transtornos ao governo no Senado.


Os senadores mantiveram as posições que já haviam sido expostas. Deliberou-se que a bancada conversaria com Lula antes de emitir uma posição definitiva.


No final da tarde, Sarney chamou os senadores do PT para uma nova conversa. Mercadante foi à casa dele, junto com uma parte da bancada.


Àquela altura, Sarney já comunicara ao Planalto sua decisão de renúncia. Auxiliares de Lula suspeitam que o senador esteja protagonizando uma derradeira jogada.


Diz que vai sair e, diante de um apelo de Lula, volta atrás. E joga nas costas do governo a tarefa de providenciar o apoio que lhe falta no Senado.

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