Agência Estado
Na Câmara, o PT elegeu a maior bancada federal, 88 deputados. No entanto, a união entre PMDB, PP, PR, PTB e PSC formará um bloco de 202 parlamentares. O "blocão" ameaça as pretensões do PT de dividir o comando da Câmara e do Senado com o PMDB, e ainda obrigará a presidenta eleita, Dilma Rousseff, a negociar com o grupo para aprovar projetos de interesse do governo.
Enquanto os líderes dos cinco partidos fechavam o compromisso do "blocão" no Congresso, ontem à tarde, o presidente do PMDB e vice-presidente eleito, Michel Temer (SP), almoçava com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, mas não o comunicou sobre a manobra.
Sarney, esta manhã, saiu em defesa do colega peemedebista e disse que a prioridade de Temer neste momento é atuar como integrante do grupo de transição do governo. "No momento, ele está acumulando essas funções e, evidentemente, algumas vezes, elas interferem uma na outra, mas não é esse o desejo dele e não acredito que a ministra Dilma tenha dado qualquer declaração neste sentido", disse. Além de presidir o PMDB e ser vice-presidente eleito, Temer acumula o cargo de presidente da Câmara dos Deputados.
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