quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Caema suspende temporariamente discussão em torno de realinhamento tarifário

Está suspensa temporariamente a discussão em torno do realinhamento de tarifas e água e esgoto. A decisão foi tomada em mais uma reunião com representes de outros órgãos, como a Promotoria do Consumidor, PROCON, Procuradoria do Estado, Secretaria de Saúde, e segmentos da sociedade civil organizada, realizada na tarde desta quinta-feira(17) no auditório da Caema. O objetivo dessa segunda reunião era discutir a legalidade desse realinhamento, com base na proposta elaborada por técnicos da própria Caema e de uma empresa de consultoria.

O assunto só voltará a ser discutido depois da nomeação dos membros do Conselho de Saneamento, vinculado à Secretaria de Saúde do Estado, e da nomeação dos membros da Agência Reguladora, vinculada à Casa Civil.

Para o promotor Carlos Augusto, há necessidade de se procurar um percentual justo. “Um realinhamento tarifário da ordem de 50%, como constante do estudo feito pela Caema, pode ocasionar aumento da inadimplência”, disse ele.

Já vereadora Rose Sales afirmou que antes de se pensar em aumento de tarifa, a Caema tem que mostrar melhoria na qualidade de serviços.

Representando o Sindicato dos Urbanitários, Vaner Almeida, disse que só o aumento de tarifa não resolve o problema da Caema. “Há necessidade de priorizar a hidrometração. Temos mansões pagando taxa mínima. Acredito que a Caema é uma empresa plenamente viável. Há necessidade de o governo investir mais”, acrescentou.

João Moreira Lima, presidente da Caema, destacou os avanços obtidos na atual gestão, destacando-se a recuperação de 30 estações elevatórias de esgoto, de todo o sistema de esgotamento sanitário da cidade de Imperatriz, além das 02 estações de tratamento de esgoto do Jaracati e Bacanga. “Temos conseguido fazer uma gestão eficiente, apesar das dificuldades. Conseguimos aumentar o faturamento da ordem de R$ 17 milhões por mês para R$ 19 milhões. A arrecadação que era de R$ 12 milhões já está na casa dos R$ 15 milhões. Mesmo assim, nossos custos são elevados. Só com energia elétrica a Caema gasta, em média, R$ 6 milhões ao mês”, disse Moreira.

O Secretário de Saúde, Ricardo Murad, elogiou o desempenho da atual diretoria, afirmando que a governadora Roseana Sarney apostou numa equipe técnica da casa, sabendo da capacidade de trabalhos de cada um deles. Para ele, os resultados apresentados até são satisfatórios, mas a empresa precisa criar condições de caminhar com as próprias pernas. Ressaltou também o volume de investimentos (R$ 300 milhões) do PAC só em saneamento, com contrapartida da Caema. “São R$ 114 milhões para esgotamento sanitário em São Luís, 123 milhões para troca de 19km da adutora do Italuís (no trecho do campo de Perizes), além de R$ 20 milhões para o projeto de hidrometração”, acrescentou Ricardo.



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