Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 22 de março de 2011

NO PIAUÍ: OPERAÇÃO HIENA DA PF PRENDE ACUSADOS DE SONEGAÇÃO

ROMBO É DE MAIS DE R$ 1 MILHÃO e envolve empresários; veja os nomes de quem já foi preso

do site 180 graus, de Teresina

Nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (22/03) a Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público Federal deflagraram uma mega operação para prender uma quadrilha acusada de fraudes no chamado 'Leão'. A intenção é desarticular uma quadrilha especializada em cometer fraudes em declarações de Imposto de Renda de Pessoa Física.



O nome da operação é 'Hiena' . Chama-se assim por ser este o único animal que tem coragem de atacar o leão, fazendo isso ainda de forma covarde, agindo em grupo. O 'Leão', neste caso, símbolo da Receita. São nove mandados de prisão, 12 de busca e apreensão para serem cumpridos no Piauí. Os mandados expedidos pelo juiz Marcio Braga Magalhão são de prisões temporárias, por cinco dias.

 
Esta parte da operação a operação é só em Teresina, mas o objetivo é investigar um golpe que estava redendo milhões para os envolvidos. A reportagem do 180graus esteve por toda manhã na sede da Polícia Federal, localizada na avenida Maranhão, zona Norte da capital, colhendo informações e acompanhando a chegada dos presos à sede da superintendência.

EMPRESÁRIOS PRESOS

Cinco pessoas já foram presas logo no início da manhã desta terça. Entre elas, alguns empresários. Um deles chama-se Helder Gonçalves e seria vendedor da feira de livros no Centro de Teresina. Ele foi preso junto com a sua mulher, que se chama Tatiana Lima. Os nomes dos outros presos, segundo conseguiu a reportagem do Maior Portal do Piauí através da advogada Simony de Carvalho: Neyanderson Nunes e Washington Batista. Esses são acusados de falsificação de uso de documentos falsos. Mais nomes de presos: José Helton Messias Júnior e Rodrigo Melo.

NOTA DA POLÍCIA FEDERAL

Saiu uma nota informativa da PF: Confirma que a Operação Hiena foi deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministéro Público e a Receita Federal Cumpre realmente nove mandados de prisão e doze de busca e apreensão.As investigações tiveram início há cerca de um ano e desarticularam uma quadrilha acusada de fraude de declaração de imposto de renda. A fraude se dava após a obtenção de informações a cerca de dados do contribuinte de alta renda e especialmente servidores públicos, cujos valores eram aduletaarados através de declaração fraudulenta. Participaram 60 agentes e oito auditores da Receita.

DELEGADO DA RECEITA FEDERAL FALA

Ao chegar à sede da Polícia Federal, delegado da Receita, João Batista Barros disse que essa 'Operação Hiena', da Polícia Federal, é apenas "o começo" pois mais gente pode ser presa. Ele informou que uma operação maior acontece nos estados do Piauí, Ceará e Maranhão. "Estamos trabalhando nos três estados com a Fontana di Trevi, que investiga um esquema bem maior. Novas prisões devem ocorrer, novas fraudes vão ser descobertas", informou. Na entrevista coletiva os agentes da PF e representantes da Receita fizeram uma revelação: essa operação Fontana di Trevi, que envolve os estados do Piauí, Ceará e Maranhão pode ter gerando um rombo à união de mais de R$ 13 milhões. Além disso pode envolver um total de 20 prefeituras, sendo duas do Piauí, sem denotar quais prefeituras seriam estas.

ENTREVISTA COLETIVA

Como já havia sido informado em nota, as investigações da Polícia Federal iniciaram ainda em 2010 quando algumas prisões em flagrante foram realizadas em Teresina. Nestas prisões foram verificadas a existência de contas abertas com documentos falsos usadas para sacar recursos oriundos da receita federal, verbas que vinham da restituição do imposto de renda. De acordo com o delegado José Olegário Nunes, no decorrer das investigações foram verificados basicamente dois modus operandi usado pela quadrilha.

Em um dos casos eles usavam documentos falsos de servidores públicos com altos salários (servidores do senado ou juízes federais, por exemplo) para pedir retificações de restituição da receita, em muitos casos conseguindo majorar estes valores e fazendo saques em transações de um a R$ 5 mil, usando às vezes laranjas para estes saques. Em outro caso eles se passavam por servidores públicos com imposto rendido na fonte, e assim falsificando o recebimento de salário. Nos dois casos a vítima sempre era a União. Em Teresina também está sendo investigado se há envolvimento de escritórios de contabilidade, mas até agora nada foi confirmado.

O primeiro saque deste tipo detectado pela polícia foi realizado no Maranhão, em um município próximo à Caxias. “A maioria dos presos são autônomos e viviam através dos ganhos das fraudes, mas se tivermos que usar uma definição para eles, podemos dizer que a profissão deles é o estelionato”, disse o delegado José Olegário. Ele acrescentou ainda que todos os mandados foram cumpridos e que muito material foi apreendido, inclusive cédulas de documentação em branco. Todos os integrantes da suposta quadrilha se conhece e segundo a polícia, fazem parte do mesmo grupo.

OPERAÇÃO FONTANA DI TREVI

Com investigações comandas pela delegacia da Receita Federal em sua 3º Região, a operação Fontana di Trevi investiga o envolvimento de prefeituras em esquema parecido de fraudes à receita. “Ainda em fevereiro verificamos alguma declarações com indícios de fraude direto na fonte e iniciamos uma investigação envolvendo os estados do Piauí, Maranhão e Ceará. Hoje sabemos que o golpe pode chegar a até R$ 13 milhões e a maioria destas fraudes ocorre através de prefeituras. É o dinheiro que deveria ser usado em obras e melhorias à cidade e que está sendo desviado. São cerca de 20 prefeituras nos três distritos, duas delas no Piauí”, disse o superintendente adjunto da Receita, Marcellos Alves.





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