terça-feira, 26 de julho de 2011

EM QUEDA LIVRE JUNTO À OPINIÃO PÚBLICA, CASTELO REINVENTA O "CONVERSANDO COM A CIDADE", DE TADEU PALÁCIO, E O "MUTIRÃO DA CIDADANIA", DO GOVERNO JACKSON.

Gilberto Lima
Editor do Blog

Depois de despencar junto à opinião pública, o prefeito João Castelo tenta mudar a imagem de seu governo. Uma saída é tentar se aproximar da população através de ações sociais nas comunidades, envolvendo toda a estrutura do município. Uma fórmula já testada em outras administrações. 

Cratera na R. 08 de dezembro na
Forquilha
O nome agora é "Cidadania para todos", onde são oferecidos diversos tipos de serviços à população. O encerramento é com uma conversa do Prefeito com a comunidade, onde são feitas reivindicações. O prefeito termina assumindo o compromisso de analisar todos os pedidos. Como analisar, faltando pouco mais de um ano para o fim da administração?

Por que esse programa não foi lançado no início da administração? Por que a população não foi, em nenhum momento, consultada sobre quais seriam as obras necessárias e prioritárias? Acredito que seja muito tarde para o prefeito tentar reconquistar o terreno perdido. O problema é que, em vez de ouvir as vozes das ruas, resolveu, de forma ditatorial, fazer o que bem entendesse na administração. Se quisesse "conversar" com o povo, Castelo não teria sepultado o Orçamento Participativo, instrumento de participação popular na administração. Uma oportunidade de as comunidades definirem os serviços prioritários. Hoje, a Secretaria do Orçamento Participativo é apenas um cabide de emprego para aliados.
Crateras na Av. 02/Jardim São
Cristóvão I

Um exemplo desse atabalhoamento do prefeito Castelo está nessa destrambelhada operação de revitalização das avenidas da cidade. Em algumas delas, como a Daniel de La Touche, na Cohama, estão arrancando asfalto relativamente bom para colocar um pavimento novo, de qualidade duvidosa. Todos sabem que essa recuperação de avenidas poderia ficar para depois. O prioritário é a recuperação urgente de ruas e avenidas dos bairros, completamente abandonados.

Além disso, temos que falar da falta de transparência nas licitações. Por que a PAVETEC é a maior vencedora de licitações para asfaltamento? É bom lembar que em quatro meses de 2009, de setembro a dezembro, essa empresa abocanhou R$ 23 milhões para operações de recapeamento asfáltico. Pouco tempo depois, ruas e avenidas estavam novamente esburacadas.
Cratera na Av. Oeste Externa
Cidade Operária

A péssima qualidade dos serviços executados tem sido uma constante na administração Castelista. Avenidas como a Santos Dumont e Carlos Vasconcelos, no São Cristóvão, seis meses depois de inauguradas já estavam esburacadas, passando por várias operações tapa-buracos. Será que o dinheiro público foi corretamente aplicado nessas obras.

Com paralisia crônica há quase três anos, somente agora, na reta final da administração, é que João Castelo resolve "conversar" com a população. Está parecendo mais a antecipação da campanha eleitoral, pois sabe que encontrará muitas dificuldades para se reeleger.

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