DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
O governador Geraldo Alckmin subiu o tom
da resposta às declarações do deputado estadual Roque Barbiere (PTB), que desde
agosto denuncia a venda de emendas na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Alckmin afirmou hoje que o deputado tem
o "dever público" de apontar nomes. "Eu entendo que o deputado
tem o dever, como homem público, de tendo conhecimento de um fato errado,
denunciar. Isso é uma obrigação", disse esta manhã, após evento no Palácio
dos Bandeirantes.
Ontem, em entrevista coletiva a
jornalistas, Barbiere reafirmou as acusações contra os colegas, dizendo que
"cada um tem um preço", mas se negou a listar parlamentares que
supostamente recebem propina em troca da liberação de emendas.
O governo já investiga uma denúncia de
corrupção na Assembleia feita por ex-assessores do ex-deputado José Antônio
Bruno, em junho deste ano, mas Alckmin reafirmou que os casos são diferentes e
que Barbiere nunca comunicou o Palácio dos Bandeirantes das supostas
irregularidades que tem conhecimento.
O deputado, por sua vez, diz ter tido
reuniões com a assessoria parlamentar da Casa Civil e com o secretário de
Planejamento, Emanuel Fernandes, nas quais relatou o "comércio de
emendas" na Casa.
"O caso [de José Antonio Bruno] foi
apontado antes e já está em apuração na Corregedoria. A conclusão da
investigação será encaminhada ao Ministério Público e à Assembleia",
afirmou Alckmin.
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