FOLHA DE SÃO PAULO
O presidente do TRE-AP (Tribunal
Regional Eleitoral) do Amapá, desembargador Edinardo Souza, negou ontem o
pedido de diplomação do senador eleito João Capiberibe, apresentado pelo PSB do
Amapá.
No dia 20 de setembro, o ministro Luiz
Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu cassar a sentença anterior que
suspendia a candidatura de Capiberibe por conta da Lei da Ficha Limpa. Como o
próprio Supremo
Segundo o desembargador do TRE-AP, fica
impedida a diplomação porque "não houve determinação expressa do ministro
Luiz Fux", apenas houve a cassação do impedimento de Capiberibe. O TRE
entende que não foi determinada a diplomação do senador.
Eleito para a segunda vaga ao Senado
pelo Amapá, com 130.411 votos, João Capiberibe afirma que seus advogados e os
advogados do PSB vão continuar lutando para conseguir a diplomação e posse na
cadeira.
Segundo Capiberibe, "esse tipo de
decisão do TRE do Amapá só ajuda a oposição, liderada pelos senadores José
Sarney e Gilvam Borges". Borges ficou com a vaga de Capiberibe no Senado,
mas está licensiado por motivo de saúde, deixando a cadeira para seu suplente,
Geovani Borges, seu irmão.
Capiberibe foi cassado em 2004 por
suspeita de compra de votos quando se elegeu senador dois anos antes. Nas duas
vezes, assumiu o senador Gilvam Borges (PMDB), apadrinhado político do
presidente do Senado, Sarney (PMDB).
Réu no mesmo processo por compra de
votos, mas autorizada desde abril a assumir o mandato, a mulher de Capiberibe,
Janete (PSB-AP), foi diplomada em 13 de julho pela Câmara Federal.
Com ela, foram empossados também João
Alberto Pizzolati (PP-SC) e Magda Mofatto (PTB-GO), ambos ex-barrados pela
Ficha Limpa, e Nilson Leitão (PSDB-MT), eleito após alteração no quociente
eleitoral do Estado devido a validação dos votos de Willian Dias (PTB-MT), que
estava inelegível pela nova legislação.
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