ANA FLOR
ENVIADA ESPECIAL A LUANDA/FOLHA
A presidente Dilma Rousseff afirmou
nesta quinta-feira (20), antes de embarcar de volta ao Brasil, que não se pode
"demonizar" o PC do B, partido de Orlando Silva, após as acusações
envolvendo o Ministério do Esporte.
"Não se pode demonizar partidos que
lutaram no Brasil pela democracia", disse ela sobre o desgaste do PC do B
com as denúncias envolvendo o ministro.
"Fazer julgamento de partido é uma
tolice. O meu governo respeita o Partido Comunista do Brasil, que tem quadros
absolutamente importantes para o país."
Dilma disse que existe um "processo
irracional" nas críticas ao partido.
Sobre as acusações contra Orlando, ela
afirmou que não tem pressa e que vai preservar o governo e os interesses do
país.
A presidente disse ainda que não se pode
fazer "apedrejamento moral de ninguém".
Ela destacou que não vai permitir que
façam julgamento precipitado e que é preciso "preservar a presunção da
inocência".
"Eu vou olhar tudo com imensa
tranquilidade e tomarei as posições necessárias para preservar não só o
governo, mas preservar os interesses do país."
A presidente criticou a imprensa por
noticiar vazamentos e opiniões do governo que, segundo ela, não correspondem
com o que pensa.
"Eu li com muita preocupação as
notícias do Brasil. Primeiro pelo grau de imprecisão nas observações a respeito
do governo. O governo não fez, não fará, nenhuma avaliação e julgamento
precipitados de quem quer que seja. Eu acho que fontes, vazamentos... É
interessante que vazam frases com aspas minhas e eu não falei com
ninguém."
Dilma voltou a reforçar que está
interessada na apuração das denúncias. "Tem que ter um processo
sistemático de investigação, de apuração, de malfeitos. Sempre preservando a
presunção da inocência das pessoas."
A presidente falou à imprensa em Luanda,
capital de Angola, última cidade que visitou durante um tour pela África. Ela
deve chegar a Brasília hoje à noite.
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