Mauricio Savarese
Em Brasília
Líderes da oposição ao governo Dilma
Rousseff esvaziaram nesta terça-feira o depoimento do ministro do Esporte
Orlando Silva à comissão de Turismo e Desporto da Câmara doa deputados.
Neste momento, eles estão reunidos no
gabinete da liderança do PSDB no Senado com o policial militar João Dias
Ferreira, acusador de um esquema de corrupção na pasta, em encontro informal
para esclarecimentos. A tática dos adversários do ministro é de pressionar por
um convite ao PM e ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz para darem
depoimento sobre as denúncias na Câmara. Mais cedo, os governistas manobraram
para derrubar dois pedidos deste tipo.
Denúncias
Orlando Silva visita o Congresso
Nacional para se defender das denúncias de corrupção feitas no fim de semana
pela revista Veja e pelo Fantástico, da Rede Globo. A revista trouxe o
depoimento do militar João Dias Ferreira acusando-o de ter recebido "uma
caixa de papelão lotada de cédulas de R$ 50 e R$ 100, na garagem do
ministério”. Silva se disse inocente e prometeu processar o PM, que está preso.
Já o Fantástico apresentou suspeitas
sobre a atividade da ONG Pra Frente Brasil, dirigida pela ex-jogadora de
basquete Karina Rodriguez. A entidade mantém convênio de R$ 28 milhões com o ME
e há acusações de desvio de dinheiro público. Silva pediu investigação sobre o
caso.
Terreno
com dutos da Petrobras
Nesta terça, matéria do UOL Esporte
assinada pelo jornalista Ricardo Perrone apresentou a informação de que, em
agosto de 2010, Orlando Silva Júnior comprou, por R$ 370 mil, um terreno no
distrito de Sousas, em Campinas (SP). Pela área de aproximadamente 90 mil m²
passa um duto de gás da Petrobras.
Silva, que é ministro do Esporte desde
2006 e recebia à época da compra R$ 10.748,43 mensais, pagou o terreno à vista.
Conforme documento obtido pela reportagem, ele usou cheque administrativo
–modalidade que permite o uso do cheque sem que o pagador movimente sua própria
conta. Por meio de sua assessoria de imprensa, porém, ele deu outra versão.
Afirmou ter pagado o terreno com um cheque pessoal.
Documentos da própria companhia mostram
que há planos para mudanças nos dutos localizados no Estado de São Paulo,
gerando alto risco de desapropriação. Um funcionário do condomínio Colinas do
Atibaia, onde fica a propriedade, disse ao UOL Esporte que a equipe de uma
empresa que trabalha para a petrolífera esteve lá recentemente.
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