A equipe do JN no Ar foi para o
Maranhão, mostrar como é a vida em um município do estado que tem o menor
rendimento médio, segundo o IBGE.
A equipe encontrou muita gente sofrendo,
reclamando por falta d’água e também usando uma água muito barrenta, que era só
o que tinha. São brasileiros de Vargem Grande, no interior do Maranhão, que mal
ganham para comer. A TV Mirante teve participação fundamental no trabalho, que
começou nas primeiras horas do dia.
Vargem Grande tem quase 50 mil
habitantes, segundo o IBGE. Desse total, 36% da população vivem com a renda de
até R$ 70, patamar considerado de extrema pobreza.
É assim que Dona Marlene vive. “A gente
compra um quilo de carne, um fardo de arroz, e o que sobra? Nada. Mas a gente
ainda precisa da roupa, do calçado, da rede para dormir”, lamenta.
A renda média mensal dos moradores de
Vargem Grande não passa dos R$ 156, segundo o IBGE. Boa parte dos moradores
depende de ajuda do Governo Federal. Nesta sexta-feira (18), por exemplo, era
dia de entrega do Bolsa Família. A fila era grande desde as primeiras horas da
manhã.
Para quem tem no programa social a única
fonte de renda, é difícil escapar da fome. Dona Maria José e as duas filhas
vivem com R$ 134, por mês, do Bolsa Família. Mas tem uma hora do mês que o
dinheiro acaba e a comida também. Há cinco dias, só tem arroz para comer.
Em outra casa, pé de frango é o único
alimento da família. Pelas ruas do centro da cidade, esgoto correndo a céu
aberto. O mesmo acontece na porta do único hospital da cidade. A falta de
saneamento básico, que abrange coleta de lixo e redes de água e esgoto, atinge
mais de 50% da população.
O bairro de Fátima, um dos mais pobres
da cidade, fica na periferia de Vargem Grande. A maior parte das casas é feita
de taipa, não tem esgoto, a água corre pelo chão. E o uso do banheiro é uma
dificuldade.
As famílias cavam poços atrás de água,
mas não dá para usar porque tem muita sujeira no que encontram. A maior parte
dos moradores tem que buscar água a muitos quilômetros de distância.
Uma família depende do único açude na
zona rural e só encontra água barrenta: “Nós não temos outra opção, não temos
poço, não temos nada. A água que temos é essa. Nossa solução é essa daqui”, diz
uma moradora.
“É um município pobre e que não tem
rendas próprias, infelizmente a gente tem que depender do Governo Federal e do
governo do estado para que a gente possa fazer alguma coisa em benefício da
população”, declarou Miguel Fernandes (PMDB), prefeito de Vargem Grande.
A economia que cresceu com base no
comércio e na produção artesanal de cerâmicas, registra índices altos de
desemprego e violência.
Outra carência do município de Vargem
Grande é a educação. No povoado de Bananal, a única escola para as dez crianças
da zona rural tem parede caída, cadeiras e mesas inadequadas para crianças
pequenas e um teto que não protege da chuva.
O índice de analfabetismo no município é
considerado alto pelo IBGE. “Muitas vezes, eles perguntam muito pela merenda.
Que horas chega a merenda, se tem merenda, porque estão com fome. Aí atrapalha
muito porque, às vezes, eles vêm mais pensando na merenda”, revela a professora
Orlene Mesquita Silva.
Esta terra, onde direitos básicos só são
conquistados com muita luta, é um pedaço do Brasil que muitos brasileiros não
conhecem.
O governo do Maranhão enviou uma nota à
equipe do Jornal Nacional, segundo ele, dando algumas explicações que
influenciariam nesse resultado de o estado ter a menor renda média familiar, de
acordo com o IBGE.
Uma das explicações seria o fato de que,
no estado, as famílias têm muitas crianças e adolescentes, o que significa
menos gente trabalhando, por isso um salário menor e renda mais baixa.
A outra explicação seria a grande
concentração da população na zona rural, onde os salários são mais baixos e as
rendas também.
O JN no Ar segue par Vinhedo, no
interior de São Paulo, um dos estados mais ricos da União, para fazer uma
comparação com Vargem Grande e mostrar as desigualdades sociais entre as duas
cidades, segundo dados do IBGE.
BOA TARDE GILBERTO LIMA, JA PENSOU UMA DESTREZA DESTAS EM PAÇO DO LUMIAR? COM CERTEZA ESSA JORNALISTA SAIRIA DE LA OU RICA, OU MORTA. MAS AS DESGRAÇAS DE LA ELA NAO MOSTRAVA, POIS A BIA PISTOLEIRA SE ENCARREGAVA DE MOSTRAR TUDO.
ResponderExcluirnao vi novidades nessa reportagem!! todo o maranhao é assim!!!
ResponderExcluirTodo MA, não é assim não!!!
ResponderExcluirImperatriz,só não é igual ao sul e sudeste, mas temos muitos empregos, escolas pra todos!!! so não estuda quem não tem coragem,e gosta de farra.
estive no maranhao e exatamente em vargem grande, e adorei o lugar, nosso nordeste enfrenta problemas todos nos sabemos,cabe aos politicos tomarem vergonha e agirem.
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