Ouça a entrevista da professora ao radialista Renato Sousa
Gilberto Lima
A
professora Lindalva Batista, presidente do Sindicato dos Professores de São
Luís, confirmou, na manhã desta sexta-feira, que foi agredida e ameaçada
verbalmente pelo prefeito João Castelo. Ao programa “Tribuna da Capital”,
apresentado pelo radialista Renato Sousa, na Rádio Capital AM, Lindalva deu
detalhes do que aconteceu logo após a solenidade de posse dos membros do
Conselho de Educação.
“Fui
querer saber do prefeito o porquê do não pagamento de nossas progressões. Ele
simplesmente me falou que o plano foi aprovado por pessoas irresponsáveis que
passaram pela Prefeitura. Há mais de quatro anos, estamos trabalhando e lutando
por esse projeto”, disse a professora.
Demonstrando
impaciência e nervosismo com as cobranças da líder sindical, o prefeito João
Castelo partiu para a agressão verbal, agarrando no terno da professora. “Ele
me disse: você é maluca, você é maluca! Não sei por que não bato em você. Em só
não bato em três pessoas: mulher, porque veste saia, padre e juiz!”, afirma
Lindalva.
Lindalva
relatou que o prefeito, ao longo de três anos de administração, só recebeu a
categoria de professores uma vez, por ocasião da greve que durou 78 dias.
Não
foi a primeira vez que Castelo mostrou insatisfação com as cobranças da líder
sindical. Quando da solenidade de posse do atual secretário de Educação, Othon
Bastos, no dia 05 de julho deste ano, o prefeito ficou chateado com Lindalva
Bastista. “Você está qui pra briga comigo? Retire, essa moça daqui que ela quer
arranjar confusão”, teria dito Castelo.
Segundo
Lindalva, Castelo anda tão nervoso que não tem condições de conversar com
sindicalistas. “Um exemplo é o companheiro Weber Matos, do Sindicato dos
Guardas Municipais, que foi demitido a bem do serviço público por ter discutido
com o Procurador do Município, na luta por direitos dos trabalhadores".
Por falta de vigilantes, escolas são saqueadas
A professora Lindalva Batista aproveitou para
revelar o quadro de abandono de diversas escolas do município. Por falta de
segurança, algumas já foram saqueadas. “Temos o exemplo das escolas Mata Roma,
Tancredo Neves e Nascimento de Moraes, na Cidade Operária que já foram
saqueadas. Na escola da Vila Itamar, os ladrões roubaram tudo. As escolas não
têm nada”, diz a professora.
Outra
escolas estão sem funcionar por falta de pagamento de aluguel dos prédios. O
anexo que funciona no Coeduc(entrada do Parque dos Nobres) está sem aulas há mais de três semanas. O proprietário resolveu fazer interdição do local por não receber o aluguel. “Outros
anexos, com o da Igreja, que alugava algumas salas, e o Passo a Passo, ambos no
Parque dos Nobres, também estão sem funcionar por falta de pagamento do aluguel.
Cadê o dinheiro do FUNDEB?”, finaliza a professora.
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