sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Professora confirma que foi agredida pelo prefeito João Castelo e denuncia abandono de escolas


Ouça a entrevista da professora ao radialista Renato Sousa

Gilberto Lima

A professora Lindalva Batista, presidente do Sindicato dos Professores de São Luís, confirmou, na manhã desta sexta-feira, que foi agredida e ameaçada verbalmente pelo prefeito João Castelo. Ao programa “Tribuna da Capital”, apresentado pelo radialista Renato Sousa, na Rádio Capital AM, Lindalva deu detalhes do que aconteceu logo após a solenidade de posse dos membros do Conselho de Educação.


“Fui querer saber do prefeito o porquê do não pagamento de nossas progressões. Ele simplesmente me falou que o plano foi aprovado por pessoas irresponsáveis que passaram pela Prefeitura. Há mais de quatro anos, estamos trabalhando e lutando por esse projeto”, disse a professora.

Demonstrando impaciência e nervosismo com as cobranças da líder sindical, o prefeito João Castelo partiu para a agressão verbal, agarrando no terno da professora. “Ele me disse: você é maluca, você é maluca! Não sei por que não bato em você. Em só não bato em três pessoas: mulher, porque veste saia, padre e juiz!”, afirma Lindalva.

Lindalva relatou que o prefeito, ao longo de três anos de administração, só recebeu a categoria de professores uma vez, por ocasião da greve que durou 78 dias.

Não foi a primeira vez que Castelo mostrou insatisfação com as cobranças da líder sindical. Quando da solenidade de posse do atual secretário de Educação, Othon Bastos, no dia 05 de julho deste ano, o prefeito ficou chateado com Lindalva Bastista. “Você está qui pra briga comigo? Retire, essa moça daqui que ela quer arranjar confusão”, teria dito Castelo.

Segundo Lindalva, Castelo anda tão nervoso que não tem condições de conversar com sindicalistas. “Um exemplo é o companheiro Weber Matos, do Sindicato dos Guardas Municipais, que foi demitido a bem do serviço público por ter discutido com o Procurador do Município, na luta por direitos dos trabalhadores".


Por falta de vigilantes, escolas são saqueadas

 A professora Lindalva Batista aproveitou para revelar o quadro de abandono de diversas escolas do município. Por falta de segurança, algumas já foram saqueadas. “Temos o exemplo das escolas Mata Roma, Tancredo Neves e Nascimento de Moraes, na Cidade Operária que já foram saqueadas. Na escola da Vila Itamar, os ladrões roubaram tudo. As escolas não têm nada”, diz a professora.

Outra escolas estão sem funcionar por falta de pagamento de aluguel dos prédios. O anexo que funciona no Coeduc(entrada do Parque dos Nobres) está sem aulas há mais de três semanas. O proprietário resolveu fazer interdição do local por não receber o aluguel. “Outros anexos, com o da Igreja, que alugava algumas salas, e o Passo a Passo, ambos no Parque dos Nobres, também estão sem funcionar por falta de pagamento do aluguel. Cadê o dinheiro do FUNDEB?”, finaliza a professora.

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