Portal Terra/Direto de Brasília
O deputado Weverton Rocha (PDT-MA),
ex-assessor do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira
que o auxiliar da presidente Dilma Rousseff viajou em pelo menos seis trechos
utilizando aeronaves particulares em compromissos pelo Maranhão. Conforme o
parlamentar, foram usadas duas aeronaves por Lupi, uma de modelo Sêneca e outra
King Air, para percorrer os trechos envolvendo os municípios maranhenses São
Luís-Pinheiro, Pinheiro-São Luís, São Luís-Imperatriz, Açailândia-Grajaú,
Imperatriz-Timon e Grajaú-Imperatriz.
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| Weverton diz que Lupi percorreu o Maranhão em aviões pagos por particulares |
O Código de Conduta da Alta
Administração Federal, que estabelece normas éticas para autoridades, é
explícito ao proibir, por exemplo, ministros de Estado de "receber
transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir
situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade".
De acordo com Rocha, em quatro trechos
(São Luís-Imperatriz, Açailândia-Grajaú, Imperatriz-Timon, Grajaú-Imperatriz) o
ministro utilizou um avião indicado pelo diretor de uma ONG que detém contratos
milionários com o Ministério do Trabalho. A aeronave para que o ministro
cumprisse agenda oficial nos municípios maranhenses teria sido providenciada
por Adair Meira, que controla ONGs com contratos de cerca de R$ 14 milhões com
a pasta.
Ainda que o parlamentar tenha admitido o
uso de transporte fornecido por empresários ou "amigos do PDT", ele
negou que tenha havido conflito de interesses ou "troca de favores".
"Tenho empresários, políticos,
amigos que cederam o avião, que cederam os carros, que cederam o combustível.
Estavam presentes com a gente. São pessoas que lá apoiam e dão todo o tipo de
incentivo para que ministros, secretários, qualquer um que vá para lá levar
projetos e benfeitorias estão lá prontos para ajudar. Você não pode dizer 'não
vou trazer um ministro para essa cidade porque não tenho um carro para me
locomover'. Como a logística não é muito fácil, a gente tem que se virar. Não
era troca de favores", afirmou ele.
"Ele viajou em carros particulares
também e ele fez toda a agenda dele dentro de todo o princípio da publicidade.
Ele estava lá em eventos públicos com a imprensa, ele estava trabalhando,
levando políticas públicas para os municípios. Eu era assessor dele e disse
para ele que toda a agenda local dos municípios era montada pelos municípios,
as agendas institucionais. Não houve conflito porque lá houve o interesse
público, porque ele foi levar políticas públicas para os municípios carentes do
Maranhão", disse o deputado.
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