FOLHA DE S. PAULO/DE BRASÍLIA
O PSDB irá ingressar com representação
na Procuradoria-Geral da República e na Procuradoria da República do Distrito
Federal pedindo investigação da denúncia de que o ministro Carlos Lupi
(Trabalho) foi funcionário-fantasma da Câmara por um período de quase seis
anos.
A Folha revelou hoje que de 2000 a 2006
Lupi, que é presidente nacional do PDT desde 2004, foi lotado na liderança do
partido na Câmara como assessor técnico, mas não trabalhava nessa função. Ele
exercia exclusivamente atividade partidária.
Em nota, o líder do PSDB, Duarte
Nogueira (SP), afirmou que "esse é mais um capítulo da série de denúncias
de irregularidades envolvendo o ministro do Trabalho". "Sua
permanência, além de ser insustentável já há algum tempo, é mais um sinal claro
de que a faxina ética da presidente Dilma não existe."
O partido também vai pedir aos dois
órgãos investigação sobre denúncia da revista "Veja" de que seus
assessores pediram propina a um sindicalista para a obtenção de carta sindical.
"A permanência do ministro Lupi,
por decisão da presidente Dilma, pode comprometer o andamento de projetos em
áreas importantes do ministério, de interesse do trabalhador brasileiro",
disse.
OUTRO LADO
Questionado sobre sua passagem pelo
Legislativo, Lupi afirmou apenas que de 1995 a 2000 exerceu, "em alguns
períodos, assessorias legislativas na liderança do PDT", omitindo a maior
parte de sua posterior passagem pela liderança do PDT na Câmara dos Deputados
entre 2000 e 2006.
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